"A Igreja empenha-se na luta contra o vírus VIH/HIV na África e cuida dos seropositivos" – é o que afirma a mensagem do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar (SECAM) para o Dia Mundial de Luta contra a SIDA/AIDS, que ocorre deste dia 1 de Dezembro.
Na mensagem, assinada pelo Cardeal-arcebispo de Dar es Salaam, na Tanzânia, Polycarp Pengo, presidente do SECAM, os bispos afirmam que infelizmente a SIDA/AIDS continua a devastar milhões de africanos, mas a pandemia figura como se fosse morta nas agendas dos governos, da sociedade civil e das organizações internacionais.
Os bispos do SECAM reiteram seu compromisso e determinação pastoral como família de Deus em fornecer respostas adequadas na luta contra a SIDA/AIDS. "A assistência é ora muito mais necessária que nunca. O vírus da SIDA/AIDS não desapareceu e nem todos têm acesso aos antiretrovirais. A cada duas pessoas que recebem a terapia, outras cinco são infectadas" – frisam eles.
Além disso, os bispos ressaltam que a pandemia prejudica gravemente o desenvolvimento e a justiça social, além da "crise económica mundial e a recessão que têm um impacto negativo sobre os nossos irmãos e irmãs infectados pelo vírus da SIDA/AIDS. A fome e o desespero estão a aumentar o número de pessoas que recorrem ao sexo como meio de sobrevivência" – ressaltam os bispos.
Para mudar esta situação é preciso reconhecer o impacto de todos os factores que contribuem para isso e reconhecê-los de forma considerável: as guerras, os estados frágeis ou falidos, a desigualdades entre homens e mulheres, os efeitos devastadores das mudanças climáticas. Todos eles tornam o pobre mais pobre, mais desprovido, mais vulnerável ao HIV e se infectado, mais propenso a desenvolver a SIDA/AIDS.
O VIH/HIV-SIDA/AIDS- salientam depois os bispos do SECAM não é apenas um problema médico. Por isso, os investimentos farmacêuticos sós não podem funcionar. Os governos estrangeiros e as agências das Nações Unidas agora estão a insistir mais para o investimento em sistemas nacionais dos cuidados sanitários nos países de África como sua estratégia para combater o VIH/HIV assim como a malária e a tuberculose.
Como Santo Padre, o Papa Bento XVI, escrevem depois os bispos nós advertimos seriamente que o problema não pode ser superado confiando exclusivamente ou primariamente na distribuição de profiláticos. Somente uma visão fundamentada na educação do individuo para a responsabilidade no contexto de uma visão moral da sexualidade humana, especialmente através da fidelidade conjugal pode ter um impacto verdadeiro na prevenção desta enfermidade
(Fonte: site Radio Vaticana)
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