Os participantes na II assembleia especial para a África do Sínodo dos Bispos, reunidos no Vaticano, vão apresentar ao Papa um conjunto de 54 propostas, a partir dos debates que têm tido lugar desde o passado dia 4 de Outubro.
No centro do documento, ainda provisório, estão temas como o diálogo inter-religioso, em especial com o Islão, a tutela do ambiente, a necessidade de democracia em toda a África ou a atenção aos fenómenos migratórios.
A paz e a reconciliação, que deram o mote a esta assembleia sinodal, percorrem as diversas propostas (proposições), a partir das quais o Papa deverá elaborar uma exortação apostólica. Os participantes no Sínodo pedem um tratado internacional sobre o tráfico de armas e apelam ao perdão da dívida externa.
O documento deixa votos de que os recursos naturais do continente sejam geridos a nível local, sem a exploração das multinacionais.
Estes últimos dias de trabalho do sínodo são dedicados á redacção e emenda das proposições – feitas em grupos linguísticos - cuja lista será votada definitivamente no próximo Sábado. Também será revista a mensagem final do sínodo, a ser submetida ao voto da Assembleia e apresentada, oficialmente, na próxima Sexta-feira.
A celebração conclusiva desta II assembleia especial do sínodo dos bispos para a África será presidida por Bento XVI no próximo Domingo, dia 25, na Basílica de São Pedro.
Entretanto os Padres sinodais lançaram um apelo a favor da paz na Região dos Grandes Lagos, numa carta endereçada, entre outros, aos bispos do Sudão, país que nos últimos tempos registou o horror de cristãos crucificados.
"Não matarás" é um mandamento inscrito no coração do homem, lê-se no texto. A linguagem das armas seja substituída pelo diálogo.
(Fonte: site Radio Vaticana)
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