Perdoar e ser perdoado é uma coisa fantástica.
Esta é uma história verdadeira que há dias uma freira ruandesa contou perante o Papa e os Bispos africanos…
Em 1994, o genocídio no Ruanda causou mais de um milhão de mortos. A Irmã Geneviève perdeu o pai e vários familiares nesse massacre. Passados três anos, a religiosa foi a um campo de prisioneiros participar numa acção de sensibilização para o Jubileu do ano 2000. A certa altura, a freira diz: “Se alguém foi vítima, ofereça o perdão a quem o fez sofrer. Porque só assim a vítima se liberta do rancor e o criminoso se liberta do peso do mal cometido”.
Levanta-se de imediato um prisioneiro e pede misericórdia. A Irmã reconhece-o como um velho amigo de família e ouve o homem confessar ter sido ele a matar o seu pai e dos seus parentes, com todos os detalhes.
Estupefacta, a religiosa abraça o homem e diz-lhe: “Foste e continuas a ser meu irmão”. Então, ouve o assassino responder: “A justiça pode prosseguir a sua missão e condenar-me à morte, mas agora sou livre!”.
A freira garante que também lhe saiu um peso de cima e reencontrou a paz interior.
Que fantástico mistério é este o de perdoar e ser perdoado!
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
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