Jean-Pierre de Caussade (1675-1751), jesuíta
O Abandono à Divina Providência (a partir da trad. DDB 1966, p. 138)
«Até os cabelos da vossa cabeça estão contados. Não temais»
Quando somos conduzidos por um guia que nos leva a um país desconhecido, de noite, através dos campos, sem caminho traçado, segundo a sua vontade, sem pedir a opinião de ninguém e sem querer revelar as suas intenções, poderemos tomar outro partido que não o do abandono ? De que serve olhar para onde estamos, interrogar os que passam, consultar o mapa e os viajantes? O intento [...] de um guia que quer que confiemos nele será o oposto de tudo isso; ele terá prazer em confundir a inquietação e a desconfiança de uma alma; ele deseja uma inteira confiança em si. [...]
A acção divina é essencialmente boa, ela não deseja ser reforçada nem controlada. Começou desde a criação do mundo e, a partir desse momento, desenvolve novas provas; não limita as suas operações, a sua fecundidade não se esgota; o que fazia ontem, fá-lo hoje; é a mesma acção que se aplica a todos os momentos por efeitos sempre novos e manifestar-se-á assim eternamente.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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