Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Patriarcado Latino



É a igreja-mãe de todo o mundo cristão, e os seus dois séculos de vida são o espelho da misteriosa história da terra onde Jesus nasceu.

De um lado, as batalhas de conquista e reconquista dos lugares sagrados; de outro, as divisões e a reunificação entre os cristãos das diversas confissões. Hoje, a antiga diocese de Jerusalém se chama Patriarcado Latino, inclui a Cidade Santa e exercita a sua jurisdição sobre Israel e os Territórios Palestinos, mas também sobre a Jordânia e Chipre.

Os bispos a serviço dos 80 mil católicos da Terra Santa são 15.

A fundação da Diocese de Jerusalém ocorreu já no século I depois de Cristo, mas foram necessários 300 anos para que conquistasse um lugar de primeiro escalão entre as Igrejas do Oriente, somente em 451 foi elevada a patriarcado de Jerusalém.

Quando em 1099 as cruzadas reconquistaram Jerusalém, acabava de se consumar o cisma entre Igreja do Oriente e Igreja do Ocidente. O Patriarca Ortodoxo, autoridade até então reconhecida por todos os cristãos da Terra Santa, não estava mais em comunhão com Roma e, por isso, foi erigido uma novo patriarcado, o Latino.

O Reino das cruzadas em Jerusalém durou dois séculos, ao novo Patriarca foi reconstruída também a catedral, a Basílica do Santo Sepulcro.

Quando, com a queda de São João de Acri, em 1291, os últimos vestígios do reino foram conquistados pelos mamalucos, parecia que a presença latina desapareceria para sempre da Terra Santa, mas a história tomou outro rumo.Os cristãos locais e o seu clero não a abandonaram e 40 anos depois os frades franciscanos menores conseguiram voltar para custodiar os principais santuários cristãos, garantir a continuidade do rito latino e tentar manter boas relações com os patriarcas autóctones e cristãos das outras confissões de maioria greco-ortodoxa. Enquanto isso, o papa não renunciou em nomear os patriarcas de titulares de Jerusalém com sede em Roma, na Basílica de São Lourenço Fora dos Muros.

Foram necessários seis séculos para que um patriarca latino pudesse tomar posse da sede da qual é titular em Jerusalém. Foi o ano 1847 quando Dom Giuseppe Valerga, nomeado por Pio IX, fez o seu ingresso solene no Santo Sepulcro, um evento fruto de longas negociações e discussões internas e externas à Igreja. Uma decisão tomada graças à disponibilidade do Sultão, com a finalidade, de um lado, de defender os direitos católicos na Terra Santa, uma autoridade igual aos dois outros Patriarcas de Jerusalém, o grego e o arménio; de outro, finalizado à reconstrução da hierarquia católica que tinha desaparecido da Terra Santa. A catedral do Patriarcado Latino é ainda a Basílica do Santo Sepulcro, mas é o único caso no mundo em que seu titular não tem a liberdade de celebrar a missa, a não ser nos momentos estabelecidos pelo status quo. Por isso, a catedral episcopal do Patriarca Latino de Jerusalém é a concatedral intitulada ao Santíssimo nome de Jesus. Por desejo de Dom Valerga, graças à aquisição na cidade velha de alguns terrenos colocados à venda pelo Patriarcado greco-ortodoxo, foi inaugurada em 1872, e é a actual sede do Patriarcado Latino de Jerusalém.

De acordo com Império otomano por quase um século e meio, os patriarcas de Jerusalém foram todos italianos, até 1987, quando Dom Michel Sabbah se tornou o primeiro árabe palestino a receber o título.

Desde 19 de Março de 2008, quem guia os católicos da Terra Santa é um jordano Dom Fouad Twal, nomeado pelo Papa já em 2005 como coadjutor do Patriarcado de Jerusalém dos Latinos, com direito de sucessão. Em 21 de Junho de 2008, ao final de uma comovente missa de acção de graças, Dom Michel Sabbah, patriarca por 20 anos, entrega o pastoreio ao novo Patriarca Fouad Twal.

A estrutura diocesana é hoje organizada em quatro vicariatos: Israel, Jordânia, Territórios Palestinos e Chipre, ao lado de 142 paróquias, a Igreja Católica na Terra Santa promove também muitos outros fundamentais instrumentos de desenvolvimento social, dezenas de escolas, do primário ao ensino superior, frequentadas por cristãos e muçulmanos e numerosas obras de assistência de saúde e social, hospitais e ambulatórios, mas também orfanatos, casas para anciãos e portadores de deficiências e centros de reabilitação e acolhimento para menores em dificuldades.


(Fonte: H2O News)

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