Sim, sou rei. Disse Jesus a Pilatos. Mas acrescentou, para que não restassem dúvidas de que a sua vinda ao mundo não lhe faria concorrência: o meu reino não é deste mundo!
Os cristãos de Lisboa são chamados a reflectir sobre a frase de Jesus esta semana: sim sou rei! E são aconselhados pela Conferência Episcopal a meditar sobre o significado mais profundo dessa realeza. Servem de pretexto os cinquenta anos do santuário do Cristo Rei.
Num mundo onde a laicidade mal entendida domina e o fenómeno religioso é empurrado para o reduto invisível das consciências, vale a pena pensar no que os Bispos designam como laicidade positiva capaz de retrazer, sem temores, o fenómeno religioso para o espaço público.
Como bem repetia Tony Blair, há dias, em Portugal, “ a religião é uma força muito importante no mundo de hoje”. Negar esta evidência é não compreender a humanidade e desconhecer o que ela implica de aspiração a uma felicidade absoluta a que a estrita dimensão terrena dificilmente é capaz de dar resposta.
Num momento de crescendo da conflitualidade social, a Igreja propõe-se trazer para a praça pública suplementos de Paz e razões fundamentadas de esperança.
As imagens religiosas, sinais do divino na terra dos homens, servirão de elemento agregador e motivo de oração. E não deixarão de ser factor de escândalo de todos os que são incapazes de entender que a verdadeira liberdade passa por, abdicando dos favores e honrarias do tempo, só prestar vassalagem ao Rei dos reis.
Graça Franco
(Fonte: site RR)
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