A escolha de Adriano Moreira para o Prémio Manuel Antunes justifica-se pelo modelo de coerência que representou o professor nos seus 87 anos de vida.
Sem virar a casaca, fosse qual fosse o ar dos tempos. Sem desdizer do que disse ou “despensar” o que pensou. Modelo de coerência de vida que atravessa dois regimes. Inteligência brilhante. Vitalidade invejável. Incansável construtor de pontes de respeito e tolerância para quem pensa diferente. Sem cedências. Formador de gerações. Espírito livre, aberto, inteligente e jovem nos seus invejáveis 87 anos.
Adriano Moreira é, a vários títulos, alguém a quem a politica tem a agradecer o tê-la tornado, aos olhos de todos, o que ela efectivamente deve ser: útil, responsável e desinteressado serviço à Comunidade.
Ninguém mais do que ele merece juntar-se à galeria dos distinguidos com o prémio cultura “Manuel Antunes” com que a Igreja Católica visa destacar anualmente um percurso e uma obra onde os valores do Humanismo e da experiência Cristã se achem reflectidos.
Quem já teve o privilégio de o conhecer sabe até que ponto ele é, não apenas uma personalidade inimitável, como, ainda ontem dizia dele inspiradamente João Lobo Antunes (antes ainda de conhecida a atribuição do prémio…): “ alguém que, pelo bom cuidado de si, e pelo exercício constante de uma inteligência luminosa, ilustra a glória do triunfo sobre o tempo, alguém cujo tempo de vida tem sido aplicado na multiplicação dos talentos, e cuja imensa sabedoria tem servido a sua pátria e múltiplas gerações de portugueses”.
Parabéns professor!
Graça Franco
(Fonte: site RR)
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