Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

São Nuno de Santa Maria

Seis séculos depois dos “Atoleiros” que o País teve de vencer, eis que de novo “atolados” numa crise identitária de valores, que nos fizeram gente, dentro e fora da Europa, emerge a figura ímpar de Nuno Álvares Pereira (1360-1431), como que a apontar caminhos de futuro aos pobres dos nossos dias.

O Santo Condestável, que em Aljubarrota, nos garantiu a liberdade de sermos o que fomos e deveríamos ser, sem complexos de pequenez, nem de ostentação de futilidades. Aparece-nos como o permanente ideal de “paladino de todas as causas nobres”, numa paixão pela independência, num total desprendimento pelos bens materiais e o desejo de servir a Deus, nos mais pobres e humildes.

Nuno de Santa Maria, nome de carmelita, que o faz distribuir os avultados bens que tinha, por companheiros de armas e dos pobres, sem eira nem beira, não tem pejo de mendigar pelas ruas, as migalhas, “caídas das mesas dos senhores, para matar a fome aos que não têm onde cair de mortos.

Oportuna a canonização que se realiza a 26 de Abril deste ano de 2009, em Roma, quando a arrogância dos que julgam donos e senhores dos nossos destinos, nos querem roubar a alma de cristãos e nos matam à fome, com políticas, onde o mealheiro dos pobres não chega para “o pão nosso de cada dia”.

Que esta canonização de Nuno de Santa Maria seja um despertador de consciências adormecidas, no comodismo de quem se instalou nas benesses do suor alheio, sem dó dos pobres de sempre: os órfãos de famílias desfeitas, os apátridas, explorados até ao tutano e os que nem liberdade têm de viver os valores da sua fé, tão vilipendiada, em nome duma modernidade sem alma nem coração.

São Nuno de Santa Maria liberta-nos do “pantanal” em que nos enterram! Dá-nos o sentido do nosso viver em comunidade, onde o serviço dos mais desprotegidos seja a motivação dos legisladores, a força dos executivos e o prato da balança da justiça. Que a saúde não se afaste da santidade dos nossos princípios e que os voluntários não esperem outra recompensa que não seja a de bem servir.


Francisco Dolores


(Fonte: site “A União” em http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=16060 )

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