Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

'Desabafo' para que a memória não se apague

Recordemo-la jovem e saudável
Quando soube da morte de Eluana Englaro em Itália após 17 anos em estado de coma, pedi ao Senhor que a recebesse no seu Reino e que perdoasse o Pai desta jovem italiana pela falta de visão sobrenatural do sofrimento, pois dificilmente concebo que tenha agido pensando exclusivamente que estaria a servir o interesse da filha. Ter-se-á sentido aliviado provavelmente e isso tê-lo-á consolado momentaneamente, embora esquecendo-se que não lhe cabia decidir sobre a vida filha, pois ela era de Deus e só Dele, que nos criou.

Também sou Pai com dois filhos em idades precisamente de menos uma ano um e de mais um, a minha filha, em relação a Eluana , é certo que o Senhor não me pediu para suportar o sofrimento a que esteve e certamente ainda estará submetido o Pai desta, mas espero estar preparado para tudo o que for a sua vontade, doutra forma não faria sentido rezar-Lhe todos os dias na Santa Missa ou no Terço «seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu» e é a Ele que pertence a nossa vida, e em circunstância alguma temos o direito, seja em que contexto for, de dispor dela, por muito grande que seja o nosso sofrimento, antes devemos ser fortes e oferecer-Lhe esse mesmo sofrimento certos de que nos dará «cem por um» (Mc 4, 8).

Amanhã já ninguém falará de Eluana, deixará de ser notícia e de arma de arremesso contra a Igreja, mas infelizmente continuar-se-ão a cometer violações brutais contra a vida e haverá quem capitalize politicamente com o tema.

A este propósito, ocorreu-me um discurso recente do Presidente Obama num templo, em que de uma forma surpreendentemente leviana, populista e demagógica citava as Sagradas Escrituras, para justificar o injustificável, ou seja, que o agradar à sociedade requeria equilíbrio em que os valores não contam desde que se esteja a contribuir para o agrado de uma maioria. Pois é, Hitler quando subiu ao poder também obteve uma maioria relativa nas eleições e é unanimemente reconhecido que no auge do seu regime, era apoiado pela maioria do povo alemão, e depois viu-se.

Palavras como consciência e valores de nada valem, se pronunciadas em alguns ambientes, demasiados para o meu conceito de vida, são sinónimo de chacota e segregação, mas o Senhor não nos prometeu vida terrena fácil, mas em contrapartida prometeu-nos o Reino dos Céus e Ele merece todos os sacrifícios e provações a que possamos ser submetidos.

Lisboa, 8 de Fevereiro de 2009


JPR

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