São Cesário de Arles (470-543), monge e bispo
Sermão Morin 26, §§2-5; PLS IV*, 297-299 (a partir da trad. de En Calcat)
«Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão deles»
A verdadeira misericórdia que está nos céus (cf. Sl 35, 6) é Cristo nosso Senhor. De tão doce e boa que é, sem que ninguém a procurasse, a misericórdia desceu espontaneamente dos céus e baixou-se para nos elevar. [...]
E Cristo prometeu ficar connosco até ao fim dos tempos, como Ele mesmo disse no Evangelho: «Eis que Eu estarei convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20). Vede a Sua bondade, meus irmãos; Ele, que já está no céu à direita do Pai, continua a desejar penar connosco na terra. Quer ter fome e sede connosco, quer sofrer connosco, quer ser um estrangeiro connosco e nem sequer Se recusa a morrer e a ser encarcerado connosco (Mt 25, 35ss.). [...] Vede que grande amor Ele tem por nós: na Sua indizível ternura quer sofrer em nós todos esses males.
Sim, a verdadeira misericórdia vinda do céu, isto é, Cristo Senhor nosso, criou-te quando ainda não existias, procurou-te quando andavas perdido e resgatou-te quando tinhas sido vendido. [...] E ainda agora Cristo Se digna incorporar-Se na humanidade todos os dias; mas, infelizmente, nem todos os homens aceitam abrir a porta do seu coração.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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