O escândalo causado pela infidelidade matrimonial do jogador de golfe Tiger Woods tem monopolizado a atenção da opinião pública dos Estados Unidos. Face ao sensacionalismo que rodeia a notícia, Angela Kays-Burden sugere em The Christian Science Monitor (3-12-2009) que as pessoas esqueçam Woods e reflictam antes sobre a qualidade do seu casamento.
Kays-Burden salienta a contradição de alguns meios de comunicação que agora se escandalizam com a notícia de Woods e ao mesmo tempo apresentam o casamento como uma instituição arcaica.
"Durante os últimos anos, os shows da televisão e as estreias de Hollywood têm promovido a aceitação social da infidelidade, que é inclusivamente apresentada como algo apetecível. Os principais canais televisivos são cúmplices da erosão que afecta actualmente os compromissos duradouros e as relações afectivas entre marido e mulher".
"Os próprios casos, que na vida real constituem sempre uma ameaça para a reputação, para a carreira profissional ou a aceitação social de alguém, provocam gargalhadas e até invejas nas horas de maior audiência".
"Digam o que disserem as audiências televisivas, a verdade é que qualquer adultério causa um enorme prejuízo, independentemente de se ser novo ou mais velho, rico ou pobre. Em lugar de nos deixarmos levar por mexericos, temos uma oportunidade - e uma obrigação - para reflectir sobre a integridade das nossas relações".
"Os noivos precisam de saber que mais cedo ou mais tarde chegará o dia em que se lhes apresentará a oportunidade de ter um caso. E devem saber que, se aquela aspiração ao amor verdadeiro que orienta as acções da protagonista de The Princess Bride não amadurece, a sua relação acabará por morrer ".
"O casamento não se resume a um contrato que satisfaz as nossas necessidades ou nos conduz ao auge da felicidade; é um compromisso sagrado que nos oferece a oportunidade de nos convertermos em pessoas melhores".
Tradução e fonte em língua portuguesa: Aceprensa
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