Homília atribuída a São Gregório o Taumaturgo (c. 213-c.270), bispo
Homília sobre a Sagrada Teofania, 4; PG 10, 1181 (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 31)
«Começou a falar, bendizendo a Deus»
[João Baptista dizia:] Na Tua presença, Senhor Jesus, não me posso calar, porque «eu sou a voz, e a voz daquele que brada no deserto: preparai o caminho do Senhor. Sou eu que necessito de ser baptizado por Ti, e és Tu que vens a mim!» (Mt 3, 3.14)
Ao nascer, apaguei a esterilidade daquela que me gerou; e, quando era um nasciturno, trouxe remédio para a mudez de meu pai, recebendo de Ti a graça desse milagre. Mas Tu, nascido da Virgem Maria da forma que quiseste e que és o único a conhecer, Tu não apagaste a sua virgindade, Tu a protegeste acrescentando-lhe o título de mãe; nem a sua virgindade impediu a Tua concepção, nem a Tua concepção manchou a sua virgindade. Estas duas realidades incompatíveis, a concepção e a virgindade, uniram-se numa harmonia única, o que está ao alcance do Criador da natureza.
Eu, que sou um homem, apenas participo da graça divina; mas Tu, Tu és ao mesmo tempo Deus e homem, porque Tu és por natureza o amigo dos homens (cf. Sab 1, 6).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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