Estudo realizado pela Universidade Católica Portuguesa
As instituições sociais associadas à Igreja Católica (IC) dão resposta a mais de meio milhão de casos de carência e os seus serviços empregam mais de 23 mil pessoas, número com tendência a aumentar já que o voluntariado, ainda não quantificado, tem uma presença cada vez maior na acção social da IC.
Estas são algumas das conclusões de um estudo realizado pela Universidade Católica Portuguesa (UCP) e divulgado ontem ao episcopado português nas Jornadas Pastorais que decorrem em Fátima e nas quais os bispos vão também debater as dimensões da acção social da IC.
Segundo a agência Ecclesia este estudo revela que as valências que demonstram ter uma maior capacidade de resposta têm como destinatários os idosos e as crianças, em contraponto com as áreas da toxicodependência, doentes com HIV/Sida e deficientes, nas quais a percentagem de intervenções é menor.
O inquérito faz notar ainda que o apoio domiciliário das instituições católicas abrange 25700 casos. Mas este número pode não corresponder à realidade, alertam os responsáveis pelo estudo, uma vez que somente metade dos Centros Sociais Paroquiais aceitaram responder ao inquérito da UCP e o retrato desta valência foi realizado antes de a crise económica ter produzido uma crescente procura de apoio domiciliário.
Citado pela Ecclesia, Carlos Azevedo, Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, alerta para o facto de este estudo representar um “retrato social” próximo da realidade – “não é um census de todas as instituições”, frisa, explicando que os resultados ilustram cerca de 70 por cento das conferências Vicentinas e 50 por cento dos Centros Sociais Paroquiais. Mesmo assim, acrescenta Carlos Azevedo, “a quantidade de respostas e os resultados permitem uma leitura muito próxima da realidade”. O Bispo Auxiliar de Lisboa destaca, na avaliação do inquérito, a “racionalidade territorial das políticas” e a “valorização da proximidade”, realçando que a intervenção nas zonas urbanas é essencial porque “dá consistência ao conhecimento recíproco e provoca relações”.
18.06.2009 - 10h07 Maria José Oliveira
(Fonte: Público online em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1387301&idCanal=62 )
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