Neste encontro, num momento de oração, vai rezar-se para que a mulher angolana “seja sempre construtora da paz, promotora da solidariedade e defensora da vida”. A oração lembra as “mães solteiras que não encontram acolhimento na família nem na sociedade” e “todas as mulheres maltratadas, violentadas, oprimidas por tantos problemas sociais”.
O longo ciclo das guerras teve como consequência o facto de 60 a 70% da população de Angola viver abaixo do limiar de pobreza, o que atingiu de maneira particular as mulheres e as crianças.
Apenas 40% das mulheres angolanas tem um emprego formal, no sector público ou privado, enquanto que 60% sobrevive com trabalhos informais e mal pagos.
No documento que vai orientar os trabalhos do próximo Sínodo para a África pode ler-se que “um grande número de Igrejas particulares considera que a dignidade da mulher está ainda por promover, tanto na Igreja como na sociedade”.
Em particular, aponta-se o dedo a “certas crenças e práticas negativas das culturas africanas exigem, todavia, uma vigilância particular: a feitiçaria dilacera as sociedades rurais e urbanas e, em nome da cultura ou da tradição ancestral, a mulher torna-se uma vitima dos preceitos em matéria de herança e dos ritos de viuvez, da mutilação sexual, do casamento forçado, da poligamia, etc.”.
“A mulher continua a ser subjugada em todas as regiões sob diversas formas: as violências domésticas, expressão do domínio dos homens sobre as mulheres; a poligamia que desfigura o rosto sacro do matrimónio e da família, também pela competição entre as mulheres e crianças por elas geradas; a falta de respeito pela dignidade e os direitos das viúvas; a prostituição; a mutilação dos órgãos genitais das mulheres”, acrescenta-se.
Numa visão mais interna, defende-se que “o papel das mulheres seria mais eficaz se a Igreja-Família lhes confiasse uma missão mais visível ou as envolvesse de modo mais claro, humanizando assim de forma substancial as sociedades africanas”.
500 mil
A Igreja Católica espera a presença de 500 mil fieis para na Missa presidida por Bento XVI, esta manhã, com inicio ás 10h00, no largo da Cimangola, em Luanda.
A informação foi avançada pelo coordenador da comissão de actividades da vinda do Papa a Angola, D. Filomeno Vieira Dias, em conferência de imprensa.
Segundo o Bispo, no local espera-se pela presença de católicos vindos de todas às províncias do país, que, além das delegações arquidiocesanas oficiais, contarão também com fiéis que o farão a título individual.
(Fonte: site Radio Vaticana)
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