Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 21 de maio de 2020

MISTÉRIOS DO EVANGELHO Sexto Mistério

Mansidão de Jesus

Jesus Cristo disse de Si mesmo que era: «manso» (Cfr. Mt 11, 29)
Eu, pergunto: Mas o que é ser “manso”?
Pode dizer-se que, “ser manso” é ter brandura de génio, não ser nem intempestivo nem precipitado nas reacções às diferentes contrariedades que vamos encontrando pela vida.
Sinto-me muito longe de tal porque o meu orgulho - contra o qual luto permanentemente sem grande sucesso – me impele para um espírito crítico, muitas vezes exacerbado pelos defeitos que julgo ver nos outros. E, o pior, é muitíssimas vezes, o que vejo é um reflexo dos meus próprios defeitos e limitações. Refiro “o meu orgulho” porque o Senhor acrescentou: «e humilde» (Cfr. Mt 11, 29)
Chego, portanto, a uma primeira conclusão: - Para ter mansidão é necessária a humildade pessoal.
No episódio narrado por São Mateus, [1] parece-me – pobre de mim – que o Senhor “contraria” essa mansidão que Se outorga. Então… a mansidão pode aceitar uma reacção “violenta”? Penso melhor e concluo que ser manso não é ser abúlico, indiferente, não reagir quando se deve reagir, mesmo que tal implique uma atitude, talvez, intransigente.
Visto assim, chego a uma segunda conclusão: Não reajo como devo a situações que exigem uma atitude clara e firme. Não quero incomodar-me.
Talvez pense - certamente que sim -, que o assunto não é comigo, não me diz respeito não possuo nem “autoridade” nem “estatuto” para tal.
De facto, talvez não tenha, melhor dizendo: não tenho! - nem “autoridade” nem “estatuto”, porque, para os ter, preciso de ter dado exemplo disso mesmo que se impõe que faça.
Não posso nem devo recomendar o que não pratiquei! Não seria honesto comigo - intelectualmente – nem, principalmente, para com os outros que, nesse caso, teriam toda a razão para afirmar: Este, diz para fazermos o que, ele próprio não faz!
Que crédito nos merece?
E, eu tenho de concluir: - Absolutamente nenhum!
(AMA, 2019)


[1] Cfr. Mt 21, 12-13 «12 Jesus entrou no templo e expulsou dali os que nele vendiam e compravam. Derrubou as mesas dos cambistas e as bancas dos vendedores de pombas…»

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