Comentário sobre o Evangelho de Lucas, 7, 91-92; SC 52
«Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar.» Uma vez que diziam que Ele expulsava os demónios por Belzebu, príncipe dos demónios, Jesus quis mostrar, com esta palavra, que o seu reino é indivisível e eterno. Com razão respondeu a Pilatos: «O meu reino não é deste mundo» (Jo 18,36). Portanto, os que não põem a sua esperança em Cristo, mas pensam que os demónios são expulsos pelo príncipe dos demónios, esses, diz Jesus, não pertencem a um reino eterno. […] Quando a fé se rasga, o reino dividido não pode manter-se. [...] Se o reino da Igreja vai durar eternamente é porque a sua fé não está dividida e o seu corpo é um só: «há um só Senhor, uma só fé, um só baptismo; um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos» (Ef 4,5-6).
Que loucura sacrílega! O Filho de Deus encarnou para esmagar os espíritos impuros, arrancar o espólio ao príncipe do mundo e dar aos homens o poder de destruir o espírito do mal (cf Lc 10,19), […] e eis que alguns pedem auxílio ao poder do demónio. No entanto, como diz Lucas, é pelo «dedo de Deus» (11,20) ou, como diz Mateus, pelo «Espírito de Deus» (12,28) que Jesus expulsa os demónios. Por aí entendemos que o Reino de Deus é indivisível, tal como um corpo é indivisível, uma vez que Cristo está à direita de Deus e o Espírito parece ser comparável ao seu dedo. […] «Porque é nele que habita realmente toda a plenitude da divindade» (Col 2,9).
Que loucura sacrílega! O Filho de Deus encarnou para esmagar os espíritos impuros, arrancar o espólio ao príncipe do mundo e dar aos homens o poder de destruir o espírito do mal (cf Lc 10,19), […] e eis que alguns pedem auxílio ao poder do demónio. No entanto, como diz Lucas, é pelo «dedo de Deus» (11,20) ou, como diz Mateus, pelo «Espírito de Deus» (12,28) que Jesus expulsa os demónios. Por aí entendemos que o Reino de Deus é indivisível, tal como um corpo é indivisível, uma vez que Cristo está à direita de Deus e o Espírito parece ser comparável ao seu dedo. […] «Porque é nele que habita realmente toda a plenitude da divindade» (Col 2,9).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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