Na manhã deste sábado, 23, o Papa deixou a sua residência, na Casa Santa Marta, e recebeu na Sala Clementina do Palácio Apostólico, um grupo de delegados dos Comités Olímpicos Europeus.
Dirigindo-se-lhes, Francisco enalteceu a prática desportiva, que “estimula a uma saudável superação de si mesmos e dos egoísmos, treina ao espírito de sacrifício e favorece a lealdade nas relações internacionais, a amizade e o respeito das regras”.
O Papa ressaltou a capacidade de o desporto unir as pessoas, favorecendo o diálogo e o acolhimento: “uma grande riqueza!”, exclamou, explicando que isto é possível porque a linguagem desportiva é universal, pois ultrapassa confins, línguas, raças, religiões e ideologias.
“É típico da atividade desportiva unir e não dividir! Os cinco anéis do símbolo dos Jogos Olímpicos representam o espírito de fraternidade que deve caracterizar o evento e as competições desportivas em geral”.
Em seguida, o Pontífice alertou: “Quando o desporto é visto unicamente com critérios económicos ou da ‘vitória a qualquer custo’, corre-se o risco de reduzir os atletas a simples mercadorias com as quais lucrar. Os próprios atletas entram num mecanismo que os engole; perdem o real sentido de sua atividade, a alegria de jogar que os atraiu na juventude e que os levou a fazer tantos sacrifícios e a se tornarem campeões. O desporto é harmonia, mas quando se transforma numa corrida desmedida pelo dinheiro e o sucesso, tal harmonia perde-se”.
O Papa chamou a atenção dos dirigentes olímpicos para seu dever de favorecer a função educativa do desporto. “É preciso formar atletas animados pela retidão, pelo rigor moral e a responsabilidade”, frisou.
O encontro terminou com a bênção do Papa ao trabalho, às famílias e a todos os atletas que participarão dos Jogos.
(Fonte: 'news.va' com adpatação)
Vídeo da ocasião em italiano
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