Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Uma resignação a pensar no futuro da Igreja

Que Bento XVI nos deixará um inestimável património de reflexão teológica, a compilação de todas as suas obras em alemão são dezasseis volumes, é algo que todos gostosamente sabíamos, mas a grandeza enquanto homem de Igreja vai ainda mais além, pois ao anunciar a sua resignação, ato raríssimo da história da Igreja, oferece-nos a todos e sobretudo aos futuros Pontífices uma lúcida porta aberta.

Nesta época da globalização em que um anúncio feito em Roma, passados minutos é do conhecimento nos cinco continentes, é também uma realidade que expõe a todos os que têm responsabilidades ao olhar permanente da opinião pública.

Ora, o Papa tinha no mínimo duas aparições públicas semanais, salvo durante um mês no verão, o Angelus ao domingo e a Audiência Geral de quarta-feira, e esta exposição constante torna visível as debilidades físicas e outras em caso de doença, fragilizando o ministério petrino aos olhos do mundo, seja dos fiéis ou dos inimigos da Igreja.

Não pondo em causa o tão saudoso e amado Beato João Paulo II, há em consciência que reconhecer que se o seu exemplo no sofrimento nos últimos anos da sua vida foi fonte de grande inspiração para muitos e de fortalecimento na dor para muitíssimos, mas também é verdade que fragilizou a voz da Igreja no mundo. A esse respeito recordemos esta breve passagem da meditação do então Cardeal Joseph Ratzinger na nona estação da Via Sacra de 2005 poucas semanas antes de ser eleito Papa «Quanta sujeira há na Igreja, e precisamente entre aqueles que, no sacerdócio, deveriam pertencer completamente a Ele! Quanta soberba, quanta auto-suficiência!».

Concluindo e cremos que em sintonia com a decisão de Bento XVI, que nos seja perdoada a presunção, a Igreja nestes tempos conturbados necessita de todo o vigor para denunciar o relativismo, vigor esse que não se compadece com uma agenda muito limitada por debilidades de saúde.

Terminamos denunciando o carnavalesco de declarações por parte de figuras da Igreja especulando sobre a origem do próximo Pontífice, num ato de quase negação do papel do Espírito Santo, que Este os ilumine e lhes conceda contenção nas palavras e pensamentos.

JPR 

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