Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 26 de janeiro de 2013

"Comunhão na mesma fé é a base para o ecumenismo"

Ontem, Sexta-Feira dia 25 pelas 17.30 foram celebradas aqui em Roma na Basílica de S. Paulo Fora dos Muros, as Solenes Vésperas pela Unidade dos Cristãos. Estiveram presentes juntamente com o Papa Bento XVI o Arcebispo-Metropolita Ortodoxo de Itália e Malta Sua Eminência Gennadios Zervos, o Representante do Arcebispo de Cantuária na Santa Sé, Reverendo David Richardson e o Cardeal Kurt Koch, Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Estiveram ainda presentes os representantes do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, da Igreja Anglicana, das Igrejas ortodoxas, das Igrejas ortodoxas orientais e das diferentes comunidades eclesiais . Em nome de todos, falou o Cardeal Kurt Koch numa saudação especial a Bento XVI.

Esta celebração concluiu a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Na homilia que proferiu o Santo Padre considerou ser esta Semana um dom de Deus que necessita desses gestos concretos para curar recordações e relações. Começou por salientar o seguinte:

"Esta celebração insere-se no contexto do Ano da Fé, iniciado a 11 de Outubro, cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II. A comunhão na mesma fé é a base para o ecumenismo. A unidade, efectivamente, é dada por Deus como inseparável da fé; exprime-o de maneira eficaz São Paulo: Um só Corpo e um só Espírito, como uma só é a esperança à qual fostes chamados, aquela da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só baptismo."

Foi junto ao túmulo do apóstolo Paulo que Bento XVI falou sobre a unidade dos cristãos que deve florescer numa sociedade em que a mensagem cristã parece cada vez menos importante para a vida pessoal e comunitária.

"A unidade é em si mesma um meio privilegiado quase um pressuposto para anunciar a fé de um modo cada vez mais credível a quem não conhece ainda o Salvador ou a quem, mesmo já tendo recebido o dom precioso do Evangelho, o esqueceu. O escândalo da divisão foi o impulso que deu início ao movimento ecuménico como hoje o conhecemos. A plena e visível comunhão entre os cristãos deve ser entendida como uma característica fundamental para um testemunho ainda mais claro."

E o Santo Padre de seguida invocou todos a procurarem o caminho da plena unidade:
Hoje há grande necessidade de reconciliação, de diálogo e de compreensão recíproca, numa perspectiva não moralista, mas precisamente de autenticidade cristã para uma presença mais incisiva na realidade do nosso tempo.

A unidade entre os cristãos, antes de ser fruto de esforços humanos, é obra e dom do Espírito Santo, explicou o Papa. A oração, o ecumenismo espiritual é o coração do empenho ecuménico  que sem a fé se reduziria a uma forma de contrato ao qual aderir por um interesse comum. Portanto, a premissa para uma mútua fraternidade é a comunhão com o Pai. O Santo Padre continuou a sua homilia considerando que o diálogo, quando reflete a prioridade da fé, permite abrir-se à ação de Deus com a firme confiança de que sozinhos não podemos construir a unidade, mas é o Espírito Santo que nos guia rumo à plena comunhão, e faz colher a riqueza espiritual presente nas diferentes Igrejas e Comunidades eclesiais. 

O dom da unidade é inseparável do dom da fé, e a fé é inseparável da santidade pessoal, bem como da busca da justiça. Pensando nos cristãos da Índia que prepararam os subsídios para a reflexão durante a Semana de Oração deste ano, celebrada com o tema "O que o Senhor exige de nós" – extraído do livro do profeta Miquéias – o Papa recordou as condições difíceis em que eles por vezes são chamados a dar testemunho que só através da radicalidade da fé, como Abraão, confiando em Deus, conseguem caminhar para além das barreiras do ódio, do racismo e da discriminação social e religiosa.

E citou S. Paulo para sintetizar a sua mensagem:
Como afirma S. Paulo, os cristãos devem ser os primeiros a oferecer um exemplo luminoso na busca da reconciliação e da comunhão em Cristo, que supere todo o tipo de divisão. Na Carta aos Gálatas  o Apóstolo afirma: Todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois que como batizados em Cristo, estais revestidos de Cristo. Não há judeu, nem grego; não há escravo nem homem livre; não há homem nem mulher, porque todos vós sois um em Cristo Jesus."

Rádio Vaticano

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