"Senti que devia vir hoje aqui para rezar e manifestar a minha proximidade"
É o hábito do sofrimento do outro que alimenta a globalização da indiferença e adensa o número de "responsáveis sem nome nem rosto". Foi duríssima a condenação do Papa Francisco, ao falar de Lampedusa, no extremo sul da Europa; mas ele dirigia-se ao mundo, chamando-o às suas responsabilidades diante do drama de quantos são obrigados a fugir da própria terra em busca de paz e dignidade.
O Papa explicou que a primeira viagem do seu pontificado é precisamente para eles, para estas vítimas de uma violência inaudita.
Quando, há algumas semanas, recebeu a notícia de mais uma tragédia do mar, recordou: "senti que devia vir aqui hoje para rezar, para realizar um gesto de proximidade, mas também para despertar as nossas consciências a fim de que o que aconteceu não se repita". E invocou o Senhor, pedindo "perdão pela indiferença em relação a tantos irmãos e irmãs; por quantos adormeceram, fechando-se no próprio bem-estar que leva à anestesia do coração, e por aqueles que, com as suas decisões a nível mundial, criaram situações que levam a estes dramas".
(© L'Osservatore Romano - 14 de Julho de 2013)
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