Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica [3]. Esta profissão de fé, com a enumeração das quatro notas que qualificam intrinsecamente a Igreja e, ao mesmo tempo, a manifestam exteriormente, é sinal distintivo da doutrina católica. Estas são as propriedades essenciais da Igreja, que derivam da sua natureza, tal como Cristo a quis. E, por serem essenciais, são também notas, sinais que a distinguem de qualquer outro tipo de comunidade humana, mesmo que também nelas se ouça pronunciar o nome de Cristo [4].
Confirmemos em nós mesmos o caráter sobrenatural da Igreja; confessemo-lo aos gritos, se for preciso, porque nestes momentos são muitos aqueles que (...) se esqueceram destas verdades capitais e pretendem apresentar uma imagem da Igreja que não é Santa, que não é Una, que não pode ser Apostólica porque não se apoia na rocha de Pedro, que não é Católica porque está sulcada por particularismos ilegítimos, por caprichos de homens. [5]
Na Santa Igreja os católicos encontramos a nossa fé, as nossas normas de conduta, a nossa oração, o sentido de fraternidade, a comunhão com todos os irmãos que já desapareceram e que estão a purificar-se no Purgatório – Igreja padecente –, ou com os que já gozam da visão beatífica – Igreja triunfante –, amando eternamente Deus, três vezes Santo. É a Igreja que permanece aqui e, ao mesmo tempo, transcende a história. A Igreja que nasceu sob o manto de Santa Maria e continua a louvá-la como Mãe na terra e no céu [7].
[3]. Missal Romano, Símbolo Niceno-Constantinopolitano.
[4]. S. Josemaria, Homilia Lealdade à Igreja, 4-VI-1972.
[5]. S. Josemaria, Homilia O fim sobrenatural da Igreja, 28-V-1972.
[6]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 29-VI-2013
[7]. S. Josemaria, Homilia O fim sobrenatural da Igreja, 28-V-1972.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de julho de 2013)
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