Sermões sobre o Evangelho de João, n°14, 1-3
João afirmou aquilo que ouvistes quando lhe vieram dizer, para suscitar o seu ciúme, que Jesus fazia muitos discípulos. Dizem-lhe os amigos, como se ele tivesse inveja: «Ele está a ficar com mais discípulos do que tu». Mas João reconheceu Quem Ele era; e por isso mereceu estar unido a Cristo, pois não ousou ficar com o que era de Cristo. E disse: «Um homem não pode tomar nada como próprio se isso não lhe for dado do Céu.» [...] A alegria de João não vem de si mesmo. Aquele que quer encontrar em si mesmo a causa da sua alegria estará sempre triste; mas aquele que quer encontrar a sua alegria em Deus estará sempre alegre, porque Deus é eterno. Queres ter uma alegria eterna? Junta-te Àquele que é eterno. Foi o que fez João.
É a voz do esposo que alegra o amigo do esposo, e não a sua própria voz; ele está de pé e escuta. [...] «Esta é a minha alegria! E tornou-se completa. Tenho a minha própria graça, não desejo mais nada com medo de perder o que recebi.» Que alegria é esta? «Ele fica encantado ao ouvir a voz do esposo.» Que os homens compreendam que não devem alegar-se com a sua própria sabedoria mas com a que receberam de Deus. Que não procurem outra coisa pois assim não perderão o que encontraram. [...] João reconheceu que recebeu tudo; disse que sentiu alegria com a voz do esposo, e acrescentou: «A minha alegria é agora perfeita.»
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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