Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Educação: Mais afetos, menos computadores e saber dizer ‘não’

Psicóloga Cristina Sá Carvalho oferece sugestões para o início do ano escolar

No início do ano escolar a psicóloga Cristina Sá Carvalho sugere que os pais ensinem aos filhos uma simples conta de somar e diminuir: mais tempo, regras e afetos, menos telemóveis, computadores e consolas de jogos.

“Muitas vezes faz imensa falta dizer ‘não’, faz imensa
falta reduzir o espaço de liberdade, faz imensa falta apoiar, orientar e partilhar a experiência de vida”, sublinha a responsável pelo departamento de catequese do Secretariado da Educação Cristã, da Igreja Católica, em entrevista ao programa ECCLESIA na Antena 1.

A docente universitária diz-se perturbada ao “ver famílias dependentes de apoios sociais” que se sentem na obrigação de comprar determinadas marcas ou uma consola de jogos: “É absolutamente falso. A única coisa que os filhos realmente sentem falta é da presença e do amor dos pais”.

“Dez minutos de uma conversa séria, uma ida ao futebol, um passeio, fazer exercício em comum, ver e discutir os desenhos animados”, ao mesmo tempo que se “carrega no botão de desligar” da aparelhagem eletrónica, “porque não se pode estar todo o dia ao computador ou ao telemóvel”, são algumas maneiras de aproximar pais e filhos.

O otimismo é uma das melhores formas de encarar o início ou recomeço da escola, já que as famílias não devem “negligenciar a enorme oportunidade que é a educação dos filhos e, em geral, tudo aquilo que a escola tem para oferecer”, incluindo as aprendizagens fora da sala de aulas com professores e funcionários.

A “função principal” dos estabelecimentos de ensino é a “curricular”, a par do “processo de socialização”: Na adolescência a escola é o “contraponto entre a casa e a família”, criando um “espaço intermédio onde se vai à procura do mundo real”, esclarece Cristina Sá Carvalho.

A organização é outro dos itens que deve entrar na mochila: “É fundamental nas crianças, adolescentes e jovens, que pelo seu próprio processo de crescimento são um bocadinho desorganizados”, explica a psicóloga, para quem “faltam muitas regras” e “autoridade” aos pais, professores e funcionários.

Na hora de fazer as compras para a escola, a responsável aconselha os pais a irem sozinhos ao supermercado, numa época em que se assiste a “uma atitude ridícula” na aquisição excessiva de material: “O enorme potencial de aprender e criar” das crianças e adolescentes pode acabar “por soçobrar no meio do consumo”, sustenta.

Cristina Sá Carvalho refuta a ideia de que os estabelecimentos de ensino substituem as atribuições familiares na educação: “Os professores educam à sua maneira, dentro do padrão da escola. Mas os pais também precisam de educar”.

A “qualidade da relação” entre professores e pais “é o maior fator de sucesso de uma escola”, embora implique o risco de os familiares mais intervenientes terem “uma visão mais crítica e quererem afirmar a sua voz”.

A psicóloga conhece escolas sem “nenhuns recursos de especial” onde são conseguidas taxas de sucesso “altíssimas” com alunos provenientes de famílias “muito carenciadas” e de “grande isolamento social e cultural”, pelo que, no seu entender, os cortes no orçamento de Estado não implicam pior educação nas escolas oficiais.

“Temos vivido décadas de grande desperdício e futilidade na forma como educamos as crianças e adolescentes, e essa fatura é pior do que a da crise económica”, considera Cristina Sá Carvalho, mãe de dois filhos.

PRE/RM

(Fonte: site Agência Ecclesia)

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