Presidente do Tribunal de Contas proferiu conferência inaugural do 27º Encontro da Pastoral Social, a realizar-se em Fátima
O presidente do Tribunal de Contas disse hoje que a Doutrina Social da Igreja se tornou “mais atual do que nunca”, falando no 27º Encontro da Pastoral Social, a realizar-se em Fátima, até quinta-feira.
Na sua intervenção, subordinada ao tema «Política, responsabilidade, participação, desenvolvimento», Guilherme d´Oliveira Martins frisou também que na sociedade contemporânea “assiste-se muito à indiferença” e apelou a uma “maior proximidade entre as pessoas”.
A sociedade “não pode limitar-se a uma lógica assistencialista” e deve encontrar mecanismos “ligados às políticas públicas que garantam uma melhor justiça distributiva”, realçou o conferencista.
Durante três dias, várias centenas de participantes refletem sobre «Desenvolvimento local, caridade global», uma iniciativa promovida pela Comissão Episcopal da Pastoral Social da Igreja Católica em Portugal.
O agravamento das desigualdades é notório e esta situação “obriga a que haja necessidade de conceber políticas públicas orientadas para a justiça distributiva, mas, simultaneamente, garantir que haja uma participação efetiva dos cidadãos através da subsidiariedade e da solidariedade voluntária”, disse Oliveira Martins.
Neste mundo de incertezas, a igreja tem responsabilidades sociais “que tem assumido” e a última encíclica de Bento XVI apela de “forma muito forte a que a crise financeira atual seja superada, não através do fundamentalismo do mercado, mas através de mecanismo efetivos de justiça e cidadania”, acrescentou.
“Não basta ter bonitos discursos quando eles não correspondem à prática e à vida”, pediu Guilherme d´Oliveira Martins, antes de concluir: “Não podemos voltar aos erros de uma economia da ilusão e do imediato”.
O encontro de Fátima conta com a participação do cardeal Dionigi Tettamanzi, que partilhará a experiência da diocese de Milão, Itália.
LFS
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Sem comentários:
Enviar um comentário