A Arquidiocese de Juiz de Fora (MG) lançou recentemente uma carta escrita pelo Arcebispo D. Gil António Moreira com explicações úteis para as próximas eleições, comentários sobre a anulação de votos, além de tratar questões como a vida, a família e a confissão religiosa relacionada à política. A Carta tem por objectivo orientar os fiéis para que exerçam um voto consciente. Entre outros temas de destaque D. Gil reitera que para a Igreja, a vida é sagrada e que, por isso, não pode aceitar partidos ou políticos que defendam o aborto.
“A política serve as questões sociais. E a Igreja procura ter isso em consideração. Ela quer orientar o fiel para colaborar com a sociedade”, explica D. Gil. O arcebispo disse que como pastor, não pode deixar de oferecer orientações. Durante a divulgação da carta também foi apresentada a Comissão de Fé e Política Arquidiocesana, composta por 25 membros (leigos e padres), responsáveis por orientar os fiéis em relação às questões políticas.
A carta também fala que a Igreja não deve indicar partidos e nem fazer “politiquice”. Ao mesmo tempo, “reconhecemos nosso papel político, que é procurar o bem comum”, explica D. Gil.
D. Gil também salienta que a Igreja não tem partidos ou políticos. “Ela anima seus fiéis a se candidatarem, mas não é cabo eleitoral”, completa.
“Temos princípios, mas não partidos”, disse. Lembrou que é difícil a realidade política no país, mas que ainda assim existem políticos bons, que merecem a confiança da população. O arcebispo lembrou as iniciativas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que lutaram por projectos como o ‘Ficha Limpa’ e a lei 9840, contra a compra de votos.
A carta incentiva os fiéis a votar e não anular o voto. D. Gil disse que a Igreja tem esperança que os políticos melhorem a sociedade. “É necessário votar, lutando contra uma política ruim”, diz.
Outras questões tratadas são a vida e a família. O arcebispo disse que, para a igreja, a vida é sagrada e que, por isso, não pode aceitar partidos ou políticos que defendam o aborto. O documento atenta ainda para o facto de que é necessário analisar se os programas de governo defendem a família.
O último ponto tratado pelo documento, diz ao fiel para verificar se o candidato, depois de eleito, pode perseguir católicos. Ele diz que o candidato não precisa ser necessariamente católico, mas deve estar em comunhão com os princípios da Igreja.
D. Gil conclui o documento e a apresentação do mesmo, pedindo aos católicos e às pessoas de boa vontade a votarem em políticos que queiram o bem do país, exercendo o cargo concedido de maneira ética. O arcebispo estimula o clero e os leigos que trabalham na Igreja a consciencializarem os cidadãos para que participem com “coragem e discernimento nas próximas eleições”.
Para ler a carta na íntegra, clique aqui: http://www.arquidiocesejuizdefora.org.br/images/downloads/documentos/carta_eleicoes2010.pdf
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
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