Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Prece na Páscoa

No horizonte próximo
nuvens cruzadas
cobrem o céu.

Eu
emoções desgarradas
contemplo inquieto.

Assim, tão próximo
como se viesse quase de dentro
do meu intimo
coração
chega um brado crescendo
que é quase um lamento.

Oh meu Deus
eu bem sei que é impossível
ordenares o que for
superior
às minhas forças.

Permites a tentação,
o padecer
mas também dás a graça
para as vencer.

Ah coração
amarfanhado em ilusões
em coisas que queria
e desejo
em tantas deambulações
quiméricas e impossíveis.

Ah coração!...
Em cruz em cruz...

Nos meus olhos há luz
forte de cegueira
que me afasta as penumbras
de uma vida inteira
de catacumbas.

Subterrâneos de desejos
de coisas inúteis e mesquinhas
de peias, elos e gavinhas
que me prendem e sujeitam.

Nos meus ouvidos
ressoa um som estupendo
que atordoa os sentidos
e me confundem.


No meu coração,

Ah! no meu coração...

Há a Cruz!

Há a Cruz!

É bem leve por sinal,
não quero levá-la de rastos
mas bem erguida
em bandeira ou pendão.

Aqui Senhor, aqui onde estou,
é onde quero estar conTigo.

Dá-me o que me ordenares
que faça
pois eu, por mim, não consigo.


Porto, Páscoa 95

António Mexia Alves (AMA)

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