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quarta-feira, 14 de abril de 2010
Nossa Senhora de Laus, refúgio dos pecadores
Nossa Senhora de Laus, nos Alpes franceses, é um Santuário único no seu género, porque Maria, nos 54 anos de aparições a Benoîte Rencurel, jamais deixou de apelar à conversão, recebendo assim o título de "refúgio dos pecadores".
Em Maio de 1664, a jovem pastora de 17 anos vê São Maurício, um santo muito amado na região dos Alpes, o qual anuncia que em breve verá a Virgem Maria, em um vale próximo. Benoîte, confiante e simples, dirige-se com seu rebanho de cabras à gruta chamada "dos fornos", onde, durante a oração do Terço, aparece Maria.
As aparições prosseguem por quatro meses. Maria tem em seus braços o seu filho, o Menino Jesus, que veio para trazer a reconciliação ao mundo. Esta é a mensagem que transmitirá a Benoîte algum tempo depois, em outro lugar, na pequena capela do vilarejo de Le Laus. Este oratório, dedicado a Nossa Senhora do Encontro, em pouco tempo acolhe uma igreja maior. De facto, Maria havia pedido que se construísse um local de oração destinado à conversão dos pecadores e uma casa para padres.
Um convite à conversão e ao reconhecimento pela Misericórdia de Deus, a ponto que Benoite Rancurel designou ela mesma o local como refúgio dos pecadores.
Rapidamente, a notícia dessas aparições se espalhou na região e os peregrinos começaram a afluir. Entre 1664 e 1666, verificaram-se 60 curas milagrosas, segundo o advogado que estudou esses fenómenos, Grimaud. As curas aconteciam depois da unção com o óleo da lâmpada do santuário, aplicado com fé, segundo o conselho que a Virgem Maria tinha dado a Benoîte. A primeira dessas curas, a de Catherine Vial em 1665, deu lugar ao reconhecimento jurídico das aparições, em 18 de Setembro do mesmo ano. Todavia, somente em 4 de Maio de 2008 a Igreja reconheceu oficialmente o carácter sobrenatural dessas aparições.
A pastora, da qual está em andamento o processo de beatificação, jamais pediu graças particulares para si, mas pediu sim provas. Por toda a vida, foi repleta de graças espirituais, recebendo aparições até a sua morte, aos 71 anos. Ao entrar na terceira ordem dominicana, Benoîte Rancurel levou avante até o fim a sua missão a serviço dos peregrinos do santuário de Laus.
As peregrinações, que sempre se mantiveram estáveis, começaram logo no início, ou seja, no século XVII, e foram interrompidas somente durante o período da Revolução Francesa. Depois desta fase, os peregrinos retornaram e o fazem ainda hoje.
O apelo à conversão, que é o coração da mensagem de Maria a Benoîte, é vivido através dos sacramentos da reconciliação e da eucaristia. Os ensinamentos de Maria a Benoîte permanecem válidos ainda hoje: não há conversão sem o encorajamento que provém da doçura da Misericórdia.
No santuário de Laus, a presença materna de Maria, "Refúgio dos pecadores", atua nesse sentido com uma força palpável.
Oração:
Rainha de Laus, gentil e doce Mãe,
Dai ouvidos aos nossos devotos necessitados.
O seu Filho realiza a sua oração
Responda sempre às suas crianças!
Sem cansar-se, Virgem pura,
Vigie sobre o nosso coração a partir do Céu
Não permita que a inferior impureza
Possa cancelar o celeste candor.
Seja o nosso apoio, Virgem poderosa
Na virtude guie os nossos passos fracos.
Se escorregarmos, Mãe de compaixão,
Com bondade nos acolha em seus braços.
Dê-nos reparo sob suas asas,
Quando a tempestade irromper com fúria,
Poupe-nos das angústias cruéis,
Os remorsos que turbam o pecador.
Conceda-nos até a última hora,
De dormir em paz sobre seu seio materno.
E que ao despertar, reabrindo as pálpebras,
podemos ver-lhe no esplendor do céu.
Nossa Senhora de Laus, refúgio dos pecadores,
Rezai por nós que nos dirigimos a vós.
(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)
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