O Papa Bento XVI é um exemplo no tratamento deste delicado tema: Nunca encobriu caso algum
O Presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Angelo Bagnasco, reiterou o seu apoio ao Papa Bento XVI ante a campanha difamatória mediática contra a sua pessoa e explicou que ninguém faz tanto como o Santo Padre ante os abusos cometidos por parte de alguns membros do clero e precisou que o encobrimento destes casos deve ser tratado com rigor, dentro e fora da Igreja Católica.
Em entrevista concedida ao Il Sole 24 ore, o purpurado assinalou que "a pedofilia – como tive oportunidade de dizer nestas semanas – é um crime odioso. E é ademais um pecado escandalosamente grave que trai o pacto de confiança inscrito na relação educativa; por isso é sempre algo aberrante e, se é cometido por uma pessoa consagrada, adquire uma gravidade ainda maior".
"Bento XVI, a quem renovo o afecto e a proximidade do Episcopado e de toda a Igreja na Itália pelas acusações gratuitas e infamantes das que é objecto, empreendeu, e não só desde hoje, uma severa acção de auto-exame que conduza à Igreja a purificar-se a si mesma dos membros que ofuscaram dolorosamente sua imagem e credibilidade".
Mas esta "vigorosa obra de limpeza", prossegue o Cardeal, "que compreende obviamente uma leal e correcta cooperação com a magistratura, não pode cancelar o sofrimento e o desencanto das vítimas: crianças e jovens que foram traídos em sua confiança espontânea. Para cada uma das pessoas violadas, a suas famílias, expresso vergonha e amargura, especialmente nos casos nos que não foram escutados por aqueles que deviam ter intervindo imediatamente".
O também Arcebispo de Génova disse também que "os casos esclarecidos de desgoverno e de menosprezo dos factos, quando não de encobrimento, devem ser rigorosamente seguidos dentro e fora da Igreja e, como já aconteceu em alguns casos, devem ter como efeito o afastamento e a demissão das pessoas envolvidas".
(Fonte: ‘ACI Digital’)
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