Não é sempre que o Papa Bento XVI dedica quatro dias a um só país da Europa. Portugal é, por isso, privilegiado.
Mais: o programa destes quatro dias é bastante variado, porque pretende ir ao encontro das realidades da Igreja portuguesa. Isto é, Bento XVI é como um pai, que vem ao nosso encontro. E nós? Vamos ao encontro dele?
Porque é que eu estou a falar nisto? É que noutros contextos – como, por exemplo, aconteceu em Angola – só o facto de o Papa sair de sua casa em Roma para ir ao encontro dos fiéis africanos, só isso, foi motivo de festa, com toda a gente na rua para acolher o Sucessor de Pedro.
Será que temos esta consciência em Portugal?
Já ouvi bons católicos dizerem que preferem seguir tudo pela televisão. E até mesmo religiosas, que não vão pôr os pés em Fátima nesses dias (apesar de o Papa ter agendado um encontro específico com os consagrados). Não gostam de confusão – dizem, como desculpa.
Este é o típico retrato da velha Europa: acomodada, rotineira e cansada da fé.
Espero que os portugueses despertem deste comodismo e permitam que Bento XVI se sinta aqui como em sua casa, sob pena de a nossa herança secular de amor e fidelidade ao Papa ficar definitivamente arrumada no passado, apenas reduzida aos livros de história.
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
Comentário JPR:
Aura Miguel, como já nos tem habituado coloca o dedo na ferida.
«"Ego palam locutus sum mundo", Eu preguei publicamente diante de toda a gente - responde Jesus a Caifás, quando se aproxima o momento de dar a Vida por nós.»
E, no entanto, há cristãos que se envergonham de manifestar "palam" - abertamente - veneração ao Senhor!
(São Josemaría Escrivá, Sulco, 50)
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