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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Itália recorre de sentença sobre crucifixos em edifícios públicos

Tribunal Europeu de Direitos do Homem condenou Estado italiano a pagar indemnização

A Itália vai recorrer da sentença proferida esta Terça-feira pelo Tribunal Europeu de Direitos do Homem contra a exposição de crucifixos em escolas, segundo informou o juiz Nicola Lettieri, que defende o país diante do órgão judicial em Estrasburgo.

A decisão – a primeira do género – determina que o Governo italiano pague uma indemnização de cinco mil euros por danos morais a Soile Lautsi, cidadã italiana de origem finlandesa.

Lautsi apresentou uma queixa no Tribunal após o instituto público "Vittorino da Feltre", frequentado pelos seus filhos, se ter negado, em 2002, a retirar os crucifixos que expõe nas paredes.

O juiz entendeu que a presença dos crucifixos nas escolas constitui "uma violação dos pais em educar os filhos segundo as próprias convicções" e uma "violação à liberdade religiosa dos alunos".

A Itália é um dos países com maior número de cristãos (80% da população); destes, mais de 96% declararam-se católicos apostólicos romanos.

A ministra da Educação, Mariastella Gelmini, disse que "a presença de crucifixos nas escolas não significa a adesão ao catolicismo, mas é um símbolo da nossa tradição".

O porta-voz da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, informou que o Vaticano não se pronunciará sobre o assunto antes de analisar os argumentos da sentença.

Por seu lado, o presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, D. Antonio Maria Vegliò, preferiu não falar sobre o assunto “porque são coisas que me dão muito desconforto".

Com ANSA

Internacional Rui Martins 2009-11-03 15:10:26 2222 Caracteres Igreja/Estado


(Fonte: site Agência Ecclesia)

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