Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Hacker e agente da Interpol no Vaticano

Ambos coincidem em que a Igreja é um alvo de ataque cibernético

Um jovem hacker suíço e um agente da Interpol, ao encontrar-se no Vaticano, divergiram em muitas questões, mas em uma eles concordaram: os sites e inclusive os computadores de representantes católicos são como um doce para os piratas cibernéticos.

Do representante das forças da ordem é possível dar o nome: Dimitrios P. Angelopoulos, responsável do departamento do crime cibernético na Europa, África e Médio Oriente, da secretaria-geral da Interpol.

Do hacker, por razões óbvias, não é possível revelar a identidade. Trata-se de um jovem de 17 anos, que na sexta-feira passada foi apresentado aos membros da Comissão Episcopal Europeia para os Meios de Comunicação, na Antiga Aula do Sínodo, no Vaticano, como Petit frère Bruno (irmãozinho Bruno).

Com uma camiseta preta, na qual se podia ler “Quelle connerie la guerre” (“Que estupidez a guerra”), que teve alguns problemas com a lei, aceitou o convite dos prelados para ajudá-los a penetrar na mentalidade desses jovens para quem a informática se converte em um meio para reivindicar uma liberdade de informação que às vezes acaba em libertinagem.

Advertência de um “ciberagente”

Ao seu lado, ouvia sem sorrir o agente grego Angelopoulos, quem, com sua intervenção, confirmou os numerosos perigos experimentados hoje em dia pelos internautas, em particular se são um sacerdote ou bispo, ou se dirigem um site católico.

Após o encontro, Zenit perguntou a Angelopoulos quais são os grupos mais interessados em atacar o site do Vaticano e, sem deixar que terminássemos a pergunta, ele nos interrompeu para esclarecer: “O Vaticano não é o único objectivo; o objectivo pode ser todo site católico ou inclusive o computador de um mosteiro ou de um sacerdote conectado à internet”.

O agente explicou que seria fácil para ele penetrar no computador de um pároco perdido na Polónia e descobrir informação confidencial ou que poderia ser manipulada pelos que querem atacar a Igreja.

“De facto – reconhece –, bastaria ir ao Facebook e analisar a informação que algum sacerdote apresenta em seu perfil. É preciso serem muito prudentes!”

Como bom investigador, Angelopoulos pergunta-se quais são os motivos que movem os piratas cibernéticos; e responde que são dois: “o interesse político e o económico”.

“Os ataques aos objectivos católicos devem-se ao primeiro motivo”, continua dizendo na conversa após seu encontro com os bispos.

“E quem são os que podem ter motivos políticos contra a Igreja?”, perguntamos. “Muitos – reconhece. Por exemplo, os fundamentalistas islâmicos, que têm óptimas equipes de ataque cibernético.”

Mas se os ataques à Igreja podem vir de qualquer computador conectado à rede, como afirma o agente da Interpol, então todos os religiosos acabarão paranóicos.

“Por este motivo – esclarece o agente –, propus um curso no Vaticano sobre todos os sistemas de conexão, que poderá ser uma grande ajuda.”

Os motivos dos hackers

Por sua parte, Petit frère Bruno começou sua conversa com Zenit brincando: “Prometo não organizar nenhum ataque contra a página da Santa Sé”.

O jovem suíço, que vive para a informática desde que tinha 6 anos, reconheceu que o agente não se equivocava ao alertar os bispos e sacerdotes sobre os perigos que correm.

“Para muitos hackers, poderia ser uma grande vitória simplesmente desfigurar o site Vaticano, colocando uma fotografia de Osama Bin Laden”, explica.

Esclareceu que existem 3 tipos de hackers.

O “white hat hacker” (hacker do chapéu branco), que age unicamente pelos seus ideais, em particular a liberdade de informação, mas que não procura causar dano, ainda que isso não signifique que esteja dentro da lei, já que às vezes ele as viola.

O “grey hat hacker” (de chapéu cinza) é aquele que diz agir como os precedentes, por motivos humanistas, mas se em alguma das suas penetrações ilegais em algum site ele puder roubar dinheiro ou informação, cai na tentação.

Por último, existem os “black hat hackers” (os de chapéu preto), também chamados de “crackers”, cujo objectivo é geralmente criminal.

Hoje, Petit frère Bruno, aos seus 17 anos, montou uma empresa de informática e trabalha para empresas que querem verificar seus sistemas de segurança.

“Já não me interessa penetrar em sites de governos, exércitos ou partidos políticos”, reconhece, considerando que no futuro ele pode ganhar bastante dinheiro com o mercado electrónico.

Os conselhos do hacker e do agente aos bispos foram os mesmos: “bom senso” e “muitíssima prudência”, sempre que estiverem conectados.

Por Jesús Colina com edição e adaptação de JPR


(Fonte: ‘Zenit’)

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