Organização católica diz que o mundo abandonou estes menores, especialmente em África
A confederação internacional da Caritas promoveu em Roma uma conferência internacional sobre o problema das crianças com SIDA/AIDS, destacando a necessidade de aumentar a prevenção da transmissão desta enfermidade de mãe para filho.
A conferência, de três dias, foi organizada pela confederação de 162 organizações humanitárias da Igreja Católica e a embaixada dos EUA na Santa Sé.
Os participantes consideram que é preciso melhorar o acesso aos testes e ao tratamento para as crianças que vivem com o VIH/HIV e com VIH/HIV/tuberculose.
A conferência reuniu especialistas neste campo, incluindo missionários, profissionais de saúde e o director executivo da ONUSIDA.
Todos os anos cerca de 370 mil crianças menores de 15 anos contraem o VIH/HIV, a maioria através da transmissão mãe-filho. Cerca de 90% dessas infecções produzem-se em África.
“O mundo abandonou estas crianças porque, ainda que haja medidas baratas e eficientes para prevenir a transmissão do VIH/HIV, a maioria das mulheres que contraíram o vírus não sabe delas ou não tem acesso às mesmas”, explicou a secretária-geral da Caritas Internacional, Lesley-Anne Knight.
Já este ano, a Caritas lançou a campanha “HAART” (Highly Active Anti-Retroviral Therapy – terapia antiretroviral altamente activa), com objectivo de salvar da SIDA 800 crianças por dia, promovendo um maior acesso a testes e tratamento do HIV para os menores.
Com a campanha HAART (com um sonoridade semelhante à palavra coração - «hart» - em inglês), a organização católica para a solidariedade e a ajuda humanitária pede a governos e companhias farmacêuticas que desenvolvam tratamentos que podem salvar a vida de centenas de crianças, a cada dia que passa.
Redacção/Zenit
Internacional Agência Ecclesia 2009-10-22 12:54:08 2195 Caracteres Caritas
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Nota de JPR:
É relevantíssimo o esforço da CARITAS, pois infelizmente além de as terapias antiretrovirais não chegarem a elevadíssimo número de pessoas, muitas vezes quando “chegam” é em fármacos contrafeitos e falsificados.
A dimensão geral do problema é tão grave, que segundo diversos organismos internacionais, sessenta porcento de todos os medicamentos que se consomem em África são contrafeitos e falsificados, acelerando em muitos casos a morte dos pacientes.
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