Uma ex-militante a favor da legalização do aborto, e uma ex-embaixadora junto ao Vaticano juntam as suas vozes contra a presença de Obama numa cerimónia de finalistas na Universidade Católica de Notre Dame.
O caso, que na blogosfera católica já é conhecida como “Notre Shame”, ameaça ser um desastre de relações públicas para a Igreja e para a presidência.
Obama aceitou um convite para discursar na cerimónia, e para receber uma licenciatura honorária em direito. Contudo, a decisão contraria uma decisão da Conferência Episcopal Americana que diz que figuras públicas que defendem publicamente causas como o aborto, “casamento” homossexual ou eutanásia, não devem ser alvo de honras por parte de instituições católicas.
Neste momento, o número de bispos que já condenou publicamente a iniciativa já ascende aos 60.
Recentemente Norma McCorvey, a “Jane Roe” do caso Roe V. Wade, que tornou legal o aborto no país, e que entretanto se converteu ao Catolicismo, dedicando-se agora a fazer campanha contra o aborto, juntou a sua voz ao coro de protestos: “O Obama não é a pessoa indicada para falar a um grupo de jovens que se preparam para se fazer ao mundo” afirmou, defendendo que “existem muitas pessoas do movimento pró-vida que estão mais bem qualificados para o fazer”.
Também a embaixadora Mary Ann Glendon, que representou a administração Bush junto do Vaticano, fez saber que não concorda com a decisão. Na cerimónia, a diplomata iria receber uma medalha da universidade, mas já comunicou que recusará o convite, em protesto contra a presença de Obama.
A discordância de tantas figuras da Igreja prende-se com a forma militante e consistente como Obama sempre se mostrou favorável à liberalização do aborto, incluindo a prática do “aborto por nascimento parcial”, usada para abortar bebés no terceiro trimestre de gravidez.
FA
(Fonte: site RR)
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