Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Bento XVI durante a audiência geral dedicada aos momentos salientes da sua primeira viagem apostólica a África


Na primeira audiência geral depois da sua viagem á África, Bento XVI quis recordar com emoção, nesta quarta feira na Praça de São Pedro a sua recente viagem apostólica, convidando a rezar pelas populações africanas, que lhe são muito queridas, para que possam enfrentar com coragem os grandes desafios sociais, económicos e espirituais do nosso tempo.

O Santo Padre recordou com emoção o acolhimento caloroso que recebeu e manifestou viva gratidão aos episcopados de Angola e Camarões, os dois países visitados e a todos aqueles que estiveram envolvidos na visita pastoral.

Percorrendo depois as etapas da sua estadia em África Bento XVI sublinhou de Yaoundé a capital dos Camarões, a alma profundamente religiosa que une todos os grupos étnicos onde, com a entrega do documento preparatório “instrumentum laboris, iniciou simbolicamente o percurso do segundo sínodo especial africano, programado aqui em Roma em Outubro próximo.

“Sem dúvida, um dos momentos culminantes da viagem foi a entrega do “Instrumento de trabalho ” (Instrumentum laboris) da II Assembleia sinodal para a África, a 19 de Março, meu onomástico, dia de São José, no estádio de Yaoundé. No final da solene celebração eucarística em honra de São José. Isso teve lugar na coralidade do Povo de Deus, no meio de cânticos de alegria e de louvor de uma multidão em festa, como diz o Salmo (vimos realizada esta visão do Salmo).
A assembleia sinodal tem lugar em Roma, mas num certo sentido, teve já início no coração do continente africano, no coração da família cristã que ali vive, sofre e espera. Por isso me pareceu feliz a coincidência da publicação do “Instrumentum laboris” com a festa de S. José, que é modelo de fé e de esperança, como o primeiro patriarca Abraão. A fé no Deus próximo, que em Jesus nos mostrou o seu rosto de amor, é a garantia de uma esperança fiável para a África e para o mundo inteiro, garantia de um futuro de reconciliação, de justiça e de paz.

Após a solene assembleia litúrgica, a festiva apresentação do Documento de Trabalho, pude-me deter, na Nunciatura Apostólica de Yaoundé, com os membros do Conselho especial para a África do Sínodo dos Bispos, vivendo com eles um momento de intensa comunhão. Conjuntamente reflectimos sobre a história da África, numa perspectiva teológica e pastoral. Era quase como uma primeira reunião do próprio Sínodo, um debate fraterno entre os diversos episcopados e eu próprio, sobre as perspectivas do Sínodo – da reconciliação e da paz em África.
De facto, o cristianismo – e isto podia-se ver – lançou profundas raízes no solo africano, como atestam os numerosos mártires, santos, pastores, doutores, catequistas………….

“Segunda etapa e segunda parte da minha viagem foi Angola, país esse também, sobre certos aspectos, emblemático. Saído, de facto, de uma longa guerra interna, está agora empenhado na obra da reconciliação e da reconstrução nacional. Mas como poderiam ser autênticas esta reconciliação e esta reconstrução se tivessem lugar em detrimento dos mais pobres, que têm direito, como todos, a participar nos recursos da sua terra? Por isso é que, com esta minha visita, o primeiro objectivo foi obviamente o de confirmar na fé a Igreja, (mas) quis também encorajar o processo social em curso.

Em Angola, na verdade toca-se com a mão o que diversas vezes os meus venerados predecessores repetiram: Tudo se perde com a guerra, tudo pode renascer com a paz! Mas para reconstruir uma nação, são necessárias grandes energias morais. E aqui, uma vez mais, se revela importante o papel da Igreja, chamada a desempenhar uma função educativa, trabalhando em profundidade para renovar e formar as consciências.

O padroeiro da cidade de Luanda, capital de Angola, é São Paulo. Por isso escolhi celebrar a Eucaristia com os sacerdotes, seminaristas, religiosos, catequistas e outros agentes pastorais, sábado 21 de Março, na igreja dedicada ao Apóstolo. Uma vez mais a experiência pessoal de S. Paulo nos falou do encontro com Cristo Ressuscitado, capaz de transformar as pessoas e a sociedade. Mudam os contextos históricos, e naturalmente há que tê-lo em conta, mas Cristo permanece a verdadeira força de renovamento radical do homem e da comunidade humana. Por isso, voltar a Deus, converter-se a Cristo, significa avançar para a plenitude da vida”.
Esta a saudação do Papa em língua portuguesa:

A minha saudação amiga para os fiéis da diocese de Portalegre, para o grupo da escola do Olhão e demais peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente de Angola e São Tomé e Príncipe, cujos compatriotas acabo de encontrar na minha Visita a África. No Sucessor de Pedro, viram personificada esta grande Família de Deus – a Igreja –, da qual todos os povos são chamados a fazer parte e à qual, por graça divina e adesão da fé, nós pertencemos. O anúncio desta verdade despertou neles a certeza de que nunca estão sozinhos; e recomeçaram a esperar e a sorrir. Amados peregrinos, peço-vos que rezeis pelos povos da África para enfrentarem com coragem os grandes desafios deste tempo. Presença consoladora junto à cruz de seus filhos é Maria Santíssima, a cuja materna protecção confio a vida e família deles e de cada um de vós, ao dar-vos a minha Bênção.


(Fonte: site Radio Vaticana)

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