Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

O centro visível da unidade da Igreja católica

Palavras de Bento XVI no concerto pelos 80 anos do Estado da Cidade do Vaticano

Particulares expressões de agradecimento foram dirigidas pelo Sumo Pontífice aos membros da Our Lady's Choral Society e da rte Concert Orchestra, durante o concerto que lhe foi oferecido na tarde de quinta-feira 12 de Fevereiro na Sala Paulo vi, por ocasião das manifestações para o octogésimo aniversário da constituição do Estado da Cidade do Vaticano. No final da execução musical, Bento XVI desejou recordar que o Vaticano é o centro visível da unidade da Igreja católica, espalhada por todos os confins do mundo.


Senhores Cardeais
Venerados Irmãos
no Episcopado e no Sacerdócio
Ilustres Senhores e Senhoras

No final desta bonita tarde, estou feliz por dirigir uma cordial saudação a todos vós, que participastes no concerto promovido por ocasião do 80º aniversário de fundação do Estado da Cidade do Vaticano. Saúdo as Autoridades religiosas, civis e militares, as ilustres Personalidades, com um pensamento especial para os Prelados da Cúria Romana e os colaboradores dos vários departamentos do Governatorato do Vaticano aqui reunidos para recordar, também com esta iniciativa, uma celebração tão significativa. Desejo sobretudo manifestar a minha gratidão ao Senhor Cardeal Giovanni Lajolo, Presidente da Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano, a quem estou grato inclusive pelas expressões de carinho e devoção, que me dirigiu no início do concerto. Estendo a minha saudação ao Secretário-Geral, D. Renato Boccardo, bem como aos outros responsáveis do Governatorato e exprimo o meu reconhecimento naturalmente a todos aqueles que cooperaram de vários modos para a organização e a realização deste acontecimento musical.

Persuadido de que estou a interpretar os sentimentos de todos os presentes, desejo dirigir uma especial palavra de agradecimento e de apreço aos componentes da RTE Concert Orchestra (Orquesta da Radiotelevisão Irlandesa), aos coristas da Our Lady's Choral Society, de Dublin, ao Director Proinnsias O Duinn, ao Maestro do Coro Paul Ward e aos solistas. Desejo reservar uma breve saudação à numerosa representação de fiéis de Dublin, vindos para acompanhar o Coral da sua Cidade.

Foi-nos oferecida a execução de trechos do célebre oratório Messiah de Georg Friedrich Händel, capaz de criar uma fascinante atmosfera espiritual, graças a uma rica antologia de textos sagrados do Antigo e do Novo Testamento, que constituem como que o tecido de toda a partitura musical. A Orquestra e o Coro conseguiram igualmente evocar de maneira admirável a figura do Messias, de Cristo, à luz das profecias messiânicas veterotestamentárias. Assim, a riqueza do contraponto musical e a harmonia do canto ajudaram-nos a contemplar o intenso e arcano mistério da fé cristã. Mais uma vez, parece evidente como a música e o canto, graças ao seu hábil entrelaçamento com a fé, podem revestir um exímio valor pedagógico no âmbito religioso. A música, como arte, pode ser um modo particularmente grandioso de anunciar Cristo, uma vez que consegue tornar perceptível o seu mistério com uma eloquência inteiramente sua.

Este concerto, com que se tencionava fazer memória de um aniversário significativo para o Estado da Cidade do Vaticano, insere-se no programa do Congresso organizado para esta circunstância, sobre o tema: "Um pequeno território para uma grande missão". Sem dúvida, não é este o momento para um discurso a respeito de tal acontecimento histórico, ao qual diversos especialistas estão a oferecer no Congresso a contribuição da sua competência, sob inúmeros aspectos. Além disso, terei a oportunidade de me encontrar com os participantes destes dias de estudo no próximo sábado, e de lhes dirigir a minha palavra. Também nesta circunstância, faço questão de agradecer a quantos contribuíram para tornar solene uma celebração tão significativa para a Igreja católica. Comemorando os oitenta anos da Civitas Vaticana, sente-se a necessidade de reconhecer o mérito daqueles que foram e são os protagonistas destas oito décadas de história de um pequeno espaço de terra. Em primeiro lugar, gostaria de recordar o protagonista principal, o meu venerado Predecessor Pio XI. Ao anunciar a assinatura dos Pactos lateranenses e sobretudo a constituição do Estado da Cidade do Vaticano, ele desejou referir-se a São Francisco de Assis. Disse que a nova realidade soberana era, para a Igreja como também para o Pobrezinho, "aquele tanto de corpo que era suficiente para conservar unida a alma" (cf. Discurso de 11 de Fevereiro de 1929). Peçamos ao Senhor, que orienta solidamente a sorte da "Barca de Pedro" no meio das vicissitudes nem sempre tranquilas da história, que continue a velar sobre este pequeno Estado. Peçamos-lhe, principalmente, que assista com o poder do seu Espírito Aquele que está ao timão da Barca, o Sucessor de Pedro, a fim de que possa desempenhar com fidelidade e eficazmente o seu ministério, como fundamento da unidade da Igreja católica, que possui no Vaticano o seu centro visível e que se espalha até aos confins do mundo. Confio esta oração à intercessão de Maria, Virgem Imaculada e Mãe da Igreja, e enquanto renovo em nome dos presentes um cordial agradecimento aos idealizadores desta tarde, aos valorosos membros da orquestra, aos cantores, de maneira particular aos solistas, asseguro a cada um uma recordação na oração e, sobre todos, imploro a Bênção de Deus.

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