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terça-feira, 27 de janeiro de 2009
O Santo Padre e o Holocausto – Dia da Memória
O Papa na Sinagoga
No século XX, uma insensata ideologia racista de matriz neopagã deu origem à tentativa de exterminar o hebraísmo europeu.
No século XX, no período mais obscuro da história alemã e europeia, uma insensata ideologia racista de matriz neopagã deu origem à tentativa, projectada e sistematicamente actuada pelo regime, de exterminar o hebraísmo europeu: então, teve lugar aquilo que passou para a história como o Shoah. Somente em Colónia, contam-se onze mil vítimas deste crime inaudito, e até àquele momento também inimaginável, que são conhecidas pelo seu próprio nome; na realidade, sem dúvida, elas foram muito mais numerosas. Nessa época, deixou-se de reconhecer a santidade de Deus e, por este motivo, espezinhou-se também a sacralidade da vida humana.
Bento XVI em Auschwitz
O lugar no qual nos encontramos é um lugar da memória, é o lugar do Holocausto. O passado nunca é apenas passado. Ele refere-se a nós e indica-nos os caminhos que não devem ser percorridos e os que o devem ser.
Como João Paulo II, percorri o caminho ao longo das lápides que, nas várias línguas, recordam as vítimas deste lugar. Todas estas lápides comemorativas falam de dor humana, deixam-nos intuir o cinismo daquele poder que tratava os homens como material e não os reconhecia como pessoas, nas quais resplandece a imagem de Deus. Algumas lápides convidam a uma comemoração particular. Há uma em língua hebraica. Os poderosos do Terceiro Reich queriam esmagar o povo judeu na sua totalidade; eliminá-lo do elenco dos povos da terra.
Então as palavras do Salmo: "estamos todos os dias expostos à morte; tratam-nos como ovelhas para o matadouro", verificam-se de modo terrível. No fundo, aqueles criminosos violentos, com a aniquilação deste povo, pretendiam matar aquele Deus que chamou Abraão, que falando no Sinai estabeleceu os critérios orientadores da humanidade que permanecem válidos para sempre. Se este povo, simplesmente com a sua existência, constitui um testemunho daquele Deus que falou ao homem e o assumiu, então aquele Deus devia finalmente estar morto e o domínio devia pertencer apenas ao homem àqueles que se consideravam os fortes que tinham sabido apoderar-se do mundo.
Bento XVI na Shoah
Antes de voltar a Roma quis visitar precisamente este lugar tristemente conhecido em todo o mundo.
"Antes de voltar a Roma quis visitar precisamente este lugar tristemente conhecido em todo o mundo. No campo de Auschwitz-Birkenau, como noutros campos semelhantes, Hitler fez exterminar mais de seis milhões de judeus. Em Auschwitz-Birkenau também morreram cerca de 150 mil polacos e dezenas de milhares de homens e mulheres de outras nacionalidades.
Perante o horror de Auschwitz não há outra resposta que a cruz de Cristo: o amor que desceu até ao fundo do abismo de mal, para salvar ao homem na raiz, onde a sua liberdade pode rebelar-se contra Deus.
A humanidade de hoje não deve esquecer Auschwitz e as demais 'fabricas de morte' nas quais o regime nazi tentou eliminar Deus para ocupar o seu lugar! Não deve ceder à tentação do ódio racial, que está na origem das piores formas de anti-semitismo! Os homens devem voltar a reconhecer que Deus é Pai de todos e que a todos nos chama em Cristo para construir juntos um mundo de justiça, de verdade, e de paz!
Queremos pedir ao Senhor por intercessão de Maria, a quem hoje, ao concluir o mês de Maio, contemplamos com diligência e amor ao visitar a sua idosa parenta Isabel."
(Fonte: H2O News)
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