A Cruz fala a todos os que sofrem – oprimidos, doentes, pobres, marginalizados, vítimas da violência - e assegura-lhes a esperança de que Deus pode transformar o seu sofrimento em alegria, o isolamento em comunhão, a morte em vida. A Cruz oferece uma esperança ilimitada ao nosso mundo decaído. É por isso que o mundo precisa da Cruz.
A Cruz não é um símbolo privado de devoção, não é um distintivo de sócio de um grupo qualquer. No seu significado mais profundo, não tem nada que ver com a imposição pela força de um credo ou de uma filosofia.
A Cruz fala de esperança, fala de amor, fala da vitória da não violência sobre a opressão; fala de Deus que eleva os humildes, dá força aos impotentes, faz superar as divisões, vencer o ódio com o amor.
Um mundo sem Cruz seria um mundo sem esperança, um mundo em que a tortura e a brutalidade permaneceriam desenfreados, o fraco seria explorado e a avidez teria a última palavra. A desumanidade do homem em relação ao homem manifestar-se-ia de modo ainda mais horrendo e não teria fim o círculo vicioso da violência. Só a Cruz põe um termo a tudo isso.
(Bento XVI na homilia da Missa celebrada em Nicósia em 05.06.2012)
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