Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 1 de setembro de 2019

Chegou setembro, e a Igreja, Mãe e Mestra, convida-nos a apreciar melhor os frutos da redenção

O dia 14, festa da Exaltação da Santa Cruz, recorda-nos que o madeiro sagrado em que o Senhor ofereceu a Sua vida pela salvação do mundo é um trono de triunfo e de glória: quando for levantado da Terra, atrairei todos a Mim [1]. E, no dia seguinte, memória de Maria ao pé da Cruz, vemos, de forma veemente, como a Santíssima Virgem, nova Eva associada a Cristo, o novo Adão, colaborou de forma sublime na salvação das almas. Contemplando a Cruz com fé, percebemos que «o instrumento de suplício que, na Sexta-Feira Santa, tinha manifestado o juízo de Deus sobre o mundo, tornou-se fonte de vida, de perdão, de misericórdia, sinal de reconciliação e de paz» [2].
Estas festas litúrgicas também nos interrogam sobre a nossa resposta diária ao mistério da dor, quando ele se apresenta no nosso caminho. Mas às vezes só consideramos como "êxitos" o que nos agrada aos sentidos ou contenta o próprio eu, e vemos como "fracassos" as contrariedades, o que não corre como queríamos, o que nos traz sofrimento ao corpo ou à alma. Procuremos ultrapassar essa lógica equivocada, porque, como S. Josemaria escreveu, o êxito ou o fracasso estão na vida interior. O êxito está em receber com sossego a Cruz de Jesus Cristo, em estender os braços abertos, porque a Cruz é, para Jesus como para nós, um trono. É a exaltação do Amor, é o cúmulo da eficácia redentora para levar as almas a Deus; para as orientar segundo o nosso estilo laical: com o nosso relacionamento, com a nossa amizade, com o nosso trabalho, com as nossas palavras, com a nossa formação, com a oração e a mortificação [3].
Observando a fuga da Cruz que, infelizmente, vemos em tantos ambientes, podemos perguntar-nos, com o Papa: o meu caminho cristão, que teve início com o batismo, como está? Parado? (...) Paro diante do que me agrada: mundanidade, vaidade  muitas coisas, não?  ou vou sempre em frente, realizando as bem-aventuranças e as obras de misericórdia? Porque a via de Jesus tem tanta consolação, glória e também cruz, mas sempre com paz na alma [4].
[1]. Jo 12, 32.
[2]. Bento XVI, Homilia, 14-IX-2008.
[3]. S. Josemaria, Carta 31-V-1954, n. 30.
[4]. Papa Francisco, Homilia em Santa Marta, 3-V-2016.

(D. Javier Echevarría excerto da carta do mês de setembro de 2016)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

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