Também D. Álvaro aprendeu com os pais, como acontece em tantas outras famílias cristãs, a tratar Nossa Senhora com carinho filial. Rezava em cada dia uma oração que aprendera com a mãe: Doce Mãe, não te afastes / O teu olhar de mim não apartes, / Vem comigo a todo o lado / E só nunca me deixes. / Já que me proteges tanto/ como verdadeira Mãe / Faz que me bendiga o Pai, / o Filho e o Espírito Santo. Na sua aparente singeleza, esta oração, tão conhecida do povo mexicano, encerra um conteúdo profundo: Nossa Senhora, como intercessora diante da Santíssima Trindade, é caminho seguro que sempre conduz a Deus.
Que grande tarefa realizam as mães e os pais cristãos, os avós, quando transmitem aos seus filhos ou aos seus netos as orações da manhã e da noite! Estas orações não se esquecem, mesmo com o passar dos anos. Mais ainda, quando – no decorrer desta vida – parecem às vezes apagar-se as manifestações do sentido cristão, não é raro que o amor a Nossa Senhora permaneça no fundo da alma, como brasa sob as cinzas, disposta a reacender em momentos de necessidade espiritual, de tristeza ou desalento.
D. Álvaro cultivou a devoção mariana com grande profundidade e firmeza teológica, graças à pregação e ao exemplo de S. Josemaria. Ao recordar a sua resposta ao chamamento divino no Opus Dei durante umas horas de recoleção espiritual, comentava: «Nessa recoleção, o Padre deu uma meditação sobre o amor a Deus e à Virgem que me deixou em brasa» [6]. Logo a seguir pediu a admissão à Obra. Foi sem dúvida uma graça muito especial do Senhor, concedida pela intercessão da Virgem Maria, a que D. Álvaro correspondeu com uma decisão imediata e definitiva.
[6]. D. Álvaro, Notas de uma reunião familiar, 3-X-1975. Citado em Recordando Álvaro del Portillo, Salvador Bernal, Diel 1999, pág. 15.
(D. Javier Echevarría na carta do mês de maio de 2014)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
(D. Javier Echevarría na carta do mês de maio de 2014)
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