Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 12 de maio de 2017

A “responsabilidade” da Irmã Lúcia no início do trabalho do Opus Dei em Portugal

Foi a vidente de Fátima quem, em Fevereiro de 1945, pediu a S. Josemaria Escrivá que fosse a Portugal para acelerar o começo do apostolado do Opus Dei no nosso país.

2 de novembro de 1972
S. Josemaria conheceu a Irmã Lúcia em Fevereiro de 1945. Tinha ido a Tuy, em Espanha, encontrar-se com o bispo, o seu amigo D. José López Ortiz. A Irmã Lúcia, vidente de Fátima, encontrava-se então num convento em Tuy. O bispo quis que S. Josemaria a conhecesse. A conversa foi providencial uma vez que a Irmã Lúcia pediu insistentemente ao Fundador que fosse a Portugal, para poder assim apressar os começos do trabalho do Opus Dei em terras portuguesas. A viagem está nos seus planos apostólicos, mas não naquele momento, entre outras coisas porque não tinha passaporte. Mas isso não foi um obstáculo pois, com um telefonema para Lisboa, a Irmã Lúcia obteve para S. Josemaria, e para os que o acompanhavam, a autorização necessária.
Assim, a pedido da Irmã Lúcia, a viagem que o Fundador e Álvaro del Portillo tinham iniciado no dia 29 de Janeiro em Espanha, conheceria um imprevisto prolongamento em solo português.

No dia 5 de Fevereiro estiveram no Porto e saudaram o bispo. D. Agostinho de Jesus Sousa. No dia seguinte foram convidados a almoçar com o bispo de Leiria, a diocese onde Fátima se situa. Visitaram o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, então quase terminado. Em Aljustrel S. Josemaria conheceu várias famílias que participaram nos acontecimentos históricos; foi fotografado junto da mãe da Jacinta. Em Fátima o fundador do Opus Dei confiou a Nossa Senhora o futuro trabalho apostólico em Portugal. Visitaria Fátima muitas outras vezes nos anos posteriores, para rezar diante de Nossa Senhora.


Vinte e cinco anos mais tarde, o Fundador recordava os pormenores desta sua primeira entrevista com a Irmã Lúcia: “Tratei-a com secura, porque sabia que era uma santa, e não só não se aborreceu, como me disse que o Opus Dei tinha de vir para Portugal. Respondi-lhe que não tínhamos passaporte, mas ela retorquiu: eu resolvo já isso. Telefonou para Lisboa e conseguiu-nos um documento para atravessarmos a fronteira. Não falámos das aparições de Nossa Senhora: nunca o fiz. É uma mulher de uma humildade maravilhosa. Sempre que a vejo, recordo-lhe que teve um papel importante nos começos da Obra em Portugal (cfr Andrés Vázquez de Prada. Josemaria Escrivá – Fundador do Opus Dei, Verbo, Lisboa 2003, p. 553).

Sobre essa conversa que S. Josemaria teve com a Irmã Lúcia, D. José López Ortiz conta o seguinte: “Entre outras coisas, disse-lhe mais ou menos: Irmã Lúcia, tendo em conta tudo o que dizem de si e de mim, se ainda por cima formos para o inferno...! O Padre contou-me que a Irmã Lúcia ficou pensativa e disse, com grande simplicidade: ‘É verdade, tem razão.’ Josemaria ficou muito satisfeito ao comprovar a sua humildade” (José López Ortiz, in Josemaria Escrivá - Testemunhos, Editora Rei dos Livros, Lisboa 1992, p. 94).

Escreveu a Madre Superiora do convento de Carmelitas Descalças de Coimbra em Janeiro de 2001: “Como cooperadoras do Opus Dei desde há várias décadas, queremos manifestar a nossa alegria pela já próxima canonização do beato Josemaria. Este gozo é compartilhado pela Irmã Lúcia, que reitera o que já manifestou por ocasião da beatificação do Servo de Deus”.

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