Este Domingo que passou (01.09.2013), por causa de uma Homenagem aos Combatentes do Ultramar em Monte Real, decidi participar na Missa Dominical na minha anterior paróquia.
Cheguei cedo, fiz as minhas orações e sentei-me à espera do início da celebração.
O coro, (no qual cantei quando vivia em Monte Real), ensaiava os cânticos para a Missa, e a certa altura, começaram a ensaiar um conhecido cântico: «Minha vida tem sentido, cada vez que eu venho aqui…»
Vieram-me as lágrimas aos olhos!
Aquele cântico, naquela altura, naquela igreja, naquele momento, teve um significado como nunca tinha tido para mim.
Teve o sentido óbvio do cântico, da vida ter sentido cada vez que procuramos Deus em Igreja.
Mas teve também um sentido mais particular, mais íntimo, mais vivido, para mim.
É que foi naquela igreja, que ao fim de quase 25 anos de afastamento de Deus e da Igreja, eu me comecei a sentar em frente do sacrário, (quando a igreja estava vazia), falando abertamente com Jesus, “provocando-O” a fazer qualquer coisa da minha vida, então sem sentido.
E foi ali, naqueles bancos, em frente daquele sacrário, que tive a minha primeira “experiência” de perdão, uma vontade intensa de pedir perdão, não só a Deus, mas também a todos que eu tinha ofendido na minha vida, acompanhada de uma vontade tranquila de perdoar a quem me tinha ofendido.
Talvez tenha sido ali também, (apesar de todo o meu percurso de catequese e prática religiosa na infância e adolescência), que pela primeira vez senti verdadeiramente Jesus Cristo presente, senti verdadeiramente o amor de Deus, senti verdadeiramente que Ele estava comigo e em mim.
E depois … depois fui recebido com alegria e sorrisos por aquelas e aqueles que iam chegando para a Missa e que até me pediram para fazer uma Leitura.
Como é bela a comunhão da e em Igreja!
Como fez sentido cantar naquela Missa: «Minha vida tem sentido, cada vez que eu venho aqui…»
Marinha Grande, 4 de Setembro de 2013
Joaquim Mexia Alves
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