Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Fé, esperança e caridade

A fé é, primeiro, a raiz através da qual se desenvolve a vida, a decisão fundamental de perceber Deus e de o aceitar. E é a chave graças à qual se explica tudo o mais.

Essa fé significa esperança, porque, do modo como é, o mundo não é bom sem mais e não devia continuar a ser como é. Quando se olha para ele de um ponto de vista empírico, poder-se-ia pensar que o mal é a principal força no mundo. Esperar, num sentido cristão, significa conhecer a existência do mal e, apesar disso, olhar com confiança para o futuro. A fé assenta, essencialmente, em aceitar o facto de que se é amado por Deus. Não significa, portanto, apenas dizer-lhe sim, mas significa dizer sim à Criação, às criaturas, sobretudo ao homem: é procurar ver em cada um a imagem de Deus e tornar-se, desse modo, uma pessoa que ama.

Isto não é fácil. Mas graças ao sim fundamental [da fé], graças à convicção de que Deus criou o homem e o apoia, [...] o amor pode encontrar a sua razão de ser e fundamentar a esperança a partir da fé. Nessa medida, a esperança contém o elemento de confiança perante a nossa História ameaçada, mas nada tem a ver com utopia; o objeto da esperança não é o mundo melhor do futuro, mas a vida eterna. A expectativa de um mundo melhor não resolve nada, porque esse não é o nosso mundo, e cada um tem de viver com o seu mundo, com a dimensão do seu próprio presente. O mundo das gerações futuras será marcado pela liberdade dessas gerações e só pode ser determinado por nós de modo muito limitado. Mas a vida eterna é o meu futuro e, portanto, a força que marca a História.

(Cardeal Ratzinger em ‘O sal da terra’ págs. 94-95)

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