Sabem que as palavras matam: quando falo mal, faço uma crítica injusta, isso é matar a reputação do outro.
Ao mesmo tempo, esta discrição tem a finalidade de não mortificar inutilmente o pecador. O objetivo é ajudar o irmão a perceber o que ele fez. Isso também nos ajuda a nos libertar da ira e do ressentimento que nos fazem mal e que nos levam a insultar e a agredir.
Isso é feio. Nada de insultos. Insultar não é cristão.
Na realidade, diante de Deus somos todos pecadores e necessitados de perdão. Jesus, de facto, disse-nos para não julgar. A correção fraterna é um serviço recíproco que podemos e devemos fazer uns aos outros. E é possível e eficaz somente se cada um se reconhece pecador e necessitado do perdão do Senhor. A mesma consciência que me faz reconhecer o erro do outro, antes ainda me recorda que eu mesmo errei e erro tantas vezes.
Por isso, no início da Santa Missa, todas as vezes somos convidados a reconhecer diante do Senhor que somos pecadores, expressando com as palavras e os gestos o sincero arrependimento do coração. E o pedimos para nós, “Senhor, tende piedade de mim”, e não “Senhor, tende piedade dessa pessoa que está a meu lado”.
Todos somos pecadores e a todos Deus oferece a sua misericórdia. “Devemos nos lembrar sempre disso antes de corrigirmos fraternalmente o nosso irmão.”
Papa Francisco - Ângelus 07.09.2014
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