Na Eucaristia, Jesus não dá um pedaço de pão, mas o pão da vida eterna, dá Si mesmo, oferecendo-se ao Pai por amor nosso. (...) quando Jesus ao longo do Lago da Galileia, dá de comer a uma multidão de pessoas, podemos colher três mensagens: compaixão, partilha, Eucaristia.
A primeira é a compaixão. Diante da multidão que O segue e - por assim dizer - "não o deixa em paz”, Jesus não reage com irritação, mas sente compaixão, porque sabe que não o procuram por curiosidade, mas por necessidade. E o sinal dessa compaixão são as numerosas curas que ele faz. Jesus ensina-nos a pensar primeiro nas necessidades dos pobres e depois nas nossas. As nossas exigências, mesmo legítimas, nunca serão tão urgentes quanto as dos pobres, que não têm o necessário para viver.
A segunda mensagem é a partilha. É útil comparar a reação dos discípulos, diante das pessoas cansadas e famintas, com a de Jesus,os discípulos pensam que é melhor mandá-las embora, para que possam ir procurar alimento. Em vez disso, Jesus diz: dêem vocês mesmo de comer. Duas reações diferentes, que refletem duas lógicas opostas: os discípulos estão pensando de acordo com o mundo, por isso cada um deve pensar em si mesmo; raciocinam como se dissessem: arranjem-se sozinhos. Jesus pensa de acordo com a lógica de Deus, que é o da partilha.
Finalmente , a terceira mensagem: o prodígio dos pães preanuncia a Eucaristia.
Isto pode-se ver no gesto de Jesus que "recitou a bênção" (v. 19), antes de partir o pão e distribuir pela multidão. É o mesmo gesto que Jesus fará na Última Ceia, quando instituirá o memorial perpétuo do seu Sacrifício redentor. Na Eucaristia, Jesus não dá um pedaço de pão, mas o pão da vida eterna, dá Si mesmo, oferecendo-se ao Pai por amor nosso.
Papa Francisco - Excertos Ângelus de 03.08.2014
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