Perguntas: responsabilidade de "É o Carteiro!"
37- Quando a Igreja fala em pacto e em vínculo faz bem se apenas usa imagens fortes para indicar um amor ambicioso, que deseja ser duradouro e exclusivo; mas se com isso quer indicar que o "pacto" e o "vínculo" não são só metáforas mas têm existência real e passam a existir fora das decisões e desejos das pessoas, não estará a exagerar?
Quem tiver dúvidas sobre o facto de que o vínculo matrimonial tenha qualidade ontológica, pode deixar-se instruir pela Palavra de Deus: «No princípio Deus criou o homem e a mulher. Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e unir-se-á à sua esposa e os dois serão uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne» (Mt 19, 4-6).
Para os cristãos é válido o facto de que o matrimónio dos baptizados, incorporados no Corpo de Cristo, tem um carácter sacramental e representa, por conseguinte, uma realidade sobrenatural.
38- Não querendo desiludir, não lhe parece que para um homem e uma mulher dos tempos modernos tudo o que disse é mesmo muito difícil de entender?
Um dos problemas pastorais mais graves consiste no facto de que muitos, hoje, julgam o matrimónio exclusivamente segundo critérios mundanos e pragmáticos.
Quem pensa segundo o «espírito do mundo» (1 Cor 2, 12) não pode compreender a sacramentalidade do matrimónio.
À crescente falta de compreensão acerca da santidade do matrimónio, a Igreja não pode responder com uma adequação pragmática ao que parece inevitável, mas só com a confiança no «Espírito de Deus, para que possamos conhecer o que Deus nos doou» (1 Cor 2, 12).
Fonte: artigo de D. Gerhard Ludwig Müller no Osservatore Romano
Fonte: artigo de D. Gerhard Ludwig Müller no Osservatore Romano
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