Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 7 de março de 2014

«Então, hão-de jejuar»

Beato João Paulo II (1920-2005), papa 
Audiência geral de 21/03/1979 (trad. copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)


«Porque não jejuam os teus discípulos?» Jesus respondeu: «Porventura podem os companheiros para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão.» Na verdade, o tempo da Quaresma recorda-nos que o esposo nos foi tirado. Tirado, detido, preso, esbofeteado, flagelado, coroado de espinhos e crucificado. O jejum no tempo da Quaresma é a expressão da nossa solidariedade com Cristo. […] «O meu amor foi crucificado e já não há em mim a chama que deseja as coisas materiais», escreve o Bispo de Antioquia, Inácio, na sua carta aos Romanos (VII, 2).

O alimento e as bebidas são indispensáveis para o homem viver; deles se serve e deve servir-se, mas não lhe é lícito abusar deles seja da forma que for. A tradicional abstenção do alimento e das bebidas tem como finalidade introduzir na existência do homem, não só o equilíbrio necessário, mas também o desprendimento daquilo que poderia definir-se como uma atitude consumista. Tal atitude tornou-se nos nossos tempos uma das características da civilização, e em particular da civilização ocidental. […] O homem orientado para os bens materiais […] muitas vezes abusa deles.

Não se trata aqui unicamente do alimento e das bebidas. Quando o homem está orientado exclusivamente para a posse e o uso dos bens materiais, isto é, das coisas, então também toda a civilização é medida segundo a quantidade e qualidade das coisas que se encontra capaz de fornecer ao homem, e não se mede com a medida adequada ao homem. Com efeito, esta civilização fornece os bens materiais não só para servirem o homem no exercício das suas actividades criativas e úteis, mas cada vez mais para satisfazerem os sentidos, a excitação que daí deriva, o prazer momentâneo e a multiplicidade cada vez maior de sensações. […] O homem contemporâneo deve jejuar, isto é, abster-se não só do alimento ou das bebidas, mas de muitos outros meios de consumo, da estimulação e da satisfação dos sentidos. Jejuar significa abster-se, renunciar a alguma coisa.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

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