Em conferência de imprensa realizada nesta segunda-feira dia 13, depois o Papa Francisco haver anunciado que no dia 22 de fevereiro, o Arcebispo Emérito de Pamplona-Tudela, D. Fernando Sebastián, seria criado cardeal, este prelado expressou seu agradecimento e alertou que apesar de que existam alguns que querem “levar o Papa seus territórios”, o Santo Padre não trairá a fé nem a moral da Igreja.
“O Papa tem um dom de simplicidade, de proximidade, de ir ao substancial, de nos falar dos conteúdos do Evangelho com uma linguagem muito realista, muito compreensível, que chega ao coração. Mas que ninguém espere que o Papa traia a fé nem a moral da Igreja”, disse.
D. Fernando Sebastián lamentou que “agora parece que há muitos dissidentes da Igreja que querem levar o Papa para seus territórios. Eles se equivocam, o Papa não vai legitimar o aborto, não vai legitimar o matrimónio homossexual, nunca vai trair a fé tradicional dos apóstolos”.
“Aquilo que devem fazer esses dissidentes é vir à Igreja e confessar-se com o Papa”, asseverou.
O Arcebispo emérito também foi consultado durante a conferência de imprensa sobre o debate na Espanha sobre a reforma da Lei do Aborto.
“Para um católico, não há lei do aborto nenhuma”, sentenciou.
D. Sebastián criticou que o debate sobre o aborto na Espanha esteja pervertido desde o começo, porque não querem reconhecer o que é de verdade o aborto. “Fala-se da interrupção da gravidez como se fora um sarampo ou fora umas varizes”
“Fala-se de mil coisas, mas nunca se fala do que é realmente o aborto: eliminar a vida de um ser humano nas primeiras fases de seu desenvolvimento, no ventre de sua mãe”.
O Arcebispo, que será criado Cardeal junto a outros 18 Bispos no dia 22 de fevereiro questionou “há alguma mulher que se sinta com o direito de matar seu filho?”.
D. Sebastián indicou que essa é a pergunta “que tem que responder o senhor (Alfredo) Rubalcaba”, secretário geral do Partida Socialista Operário Espanhol, principal opositor à reforma da Lei do Aborto na Espanha e ativo partidário da ampliação do aborto legitimado por lei.
Consultado sobre sua nomeação pelo Papa Francisco, o Arcebispo Emérito da Pamplona-Tudela indicou que “estou muito contente, muito agradecido e assim o manifestei ao Santo Padre em carta escrita nesta madrugada, assim que despertei e soube da notícia inesperada”.
(Fonte: 'ACI Digital' com adaptação)
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