Quem me conhece minimamente sabe que eu sou, (hoje em dia), um sentimental, um emocional, um que não se contém, (apesar de alguma timidez), em expressar as suas emoções, as suas vivências, as suas alegrias.
Às vezes até serei um “chato”, porque não me calo, quando falo de Deus e das maravilhas que Ele fez e faz em mim, pelo menos como eu as sinto em mim.
Costumo pensar que ao fim de tanto tempo afastado d’Ele, Ele me agarrou de tal forma que me tornou, graças a Deus, totalmente dependente d’Ele.
Costumo pensar e dizer que Ele, servindo-se da minha emotividade, me quis conceder o dom das lágrimas, e costumo sentir e dizer também que não precisava de “exagerar” em tal dom.
É que já faz parte de mim, quando falo d’Ele, deixar-me levar!
A maior parte das vezes, embarga-se-me a voz, humedecem-se-me os olhos, e se não respiro fundo, as lágrimas de alegria e de gratidão correm-me pela cara abaixo.
Tudo isto para dizer que as poucas horas, (poucas por vontade própria), que passei no Festival Jota, foram uma alegria, uma paz, uma certeza, uma comunhão, que eu não trocaria por nada que me pudesse acontecer neste Sábado que passou.
Podem perguntar-me: Porquê? O que é que se passou de tão relevante, de tão importante?
E eu desiludo-os e digo: Nada, rigorosamente nada, a não ser a alegria de estar com aqueles jovens todos, com aqueles sacerdotes próximos de nós, iguais a nós, despidos de conceitos e preconceitos, irmanados no fundo no mesmo Deus que todos procurávamos em cada palavra, em cada sorriso, em cada abraço, em cada conhecimento novo.
Confesso que enquanto esperava aqueles jovens que iriam ouvir e debater aquilo que tinha para lhes testemunhar, ia ficando um pouco “desalentado”, por não ver surgir uma “multidão” ansiosa de ouvir a minha tão “importante” pessoa.
Ah, como Deus faz as coisas bem feitas!!!
Poucos, seis ou sete, e um sacerdote, que não me “examinava”, mas antes ouvia, vivia e se deixava “enternecer” pela presença de Deus em mim, para além da minha fraqueza e orgulho.
E a meio de tudo o que ia dizendo e respondendo, apeteceu-me chorar de alegria, de emoção, de gratidão.
Apeteceu-me abraçar aquelas jovens que me ouviam e perguntavam coisas, e continha-me, porque neste mundo isso não se pode fazer, entendam-me!
Passadas mais de vinte e quatro horas, ainda vivo tão escassas horas, que me transportam para um Deus tão extraordinário, que se quer servir de mim, que se quer servir de todos, para se revelar aos outros.
Por isso tantas vezes a mensagem não chega, ou porque não a sabemos transmitir, ou porque não a sabem ouvir, ou melhor, ou porque não estão abertos para a ouvir.
E no entanto era tão fácil para Ele!
Derrubava umas montanhas, transportava umas árvores daqui para ali, curava uns paralíticos e uns cegos, mesmo à nossa frente, e não havia quem não se aproximasse d’Ele, quem não quisesse estar com Ele, quem não O quisesse como companheiro de viagem.
Pois, mas se assim fosse, muitos iriam a Ele por medo, ou por interesse, ou por “negócio”, e afinal Ele conhece apenas uma maneira de estar connosco e de nós estarmos com Ele: Amando e sendo amados, por Ele, com Ele, para Ele, nos outros e para os outros!
Por causa deste Seu amor é que eu vivo ainda o Festival Jota, que não me fez mais jovem na idade, mas me fez mais jovem no Amor, me fez mais jovem em Deus.
A Ti, Senhor, toda a graça e todo o louvor!
Marinha Grande, 21 de Julho de 2013
Nota:
Festival Jota: https://www.facebook.com/#!/festivaljota?fref=ts.
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