Como todas as manhãs, o Papa celebrou a Missa na capela da sua residência, na Casa Santa Marta.
Na homilia, o Pontífice inspirou-se no Evangelho do dia (Mc 10, 32-45) para alertar para a tentação do triunfalismo dentro da Igreja, a partir da narração de Jesus, que anuncia aos discípulos sua paixão, morte e ressurreição a caminho de Jerusalém.
Os discípulos tinham em mente outros projetos, e pensam em parar na metade do caminho; discutiam entre si sobre como salvar às pressas a Igreja. Esta é a tentação do triunfalismo prescindindo da Cruz, um triunfo mundano, advertiu Francisco:
“O triunfalismo paralisa a Igreja, assim como o triunfalismo nos cristãos os paralisa. É uma Igreja triunfalista, é uma Igreja que fica na metade do caminho, uma Igreja que é feliz assim, bem arrumada – bem arrumada! – com todos os organismos, tudo em ordem, tudo bonito, eh? Eficiente. Mas uma Igreja que renega os mártires, porque não sabe que os mártires são necessários à Igreja para o caminho da Cruz. Uma Igreja que pensa somente nos triunfos, nos sucessos, que não conhece esta regra de Jesus: a regra do triunfo por meio da falência, da falência humana, da falência da Cruz. E esta é uma tentação que todos nós temos.”
O Papa então concluiu: “Peçamos ao Senhor a graça de não ser uma Igreja que para na metade do caminho, uma Igreja triunfalista, dos grandes sucessos, mas de ser uma Igreja humildade que caminha com decisão, como Jesus. Avante, avante, avante. Coração aberto à vontade do Pai, como Jesus. Peçamos esta graça”.
Rádio Vaticano com adaptação de JPR
Vídeo da ocasião em italiano
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