Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 4 de março de 2013

Este Papa fez pela fé muito mais do que muitos cristãos julgam - Pacheco Pereira

E X C E R T O (agradecimento 'É o Carteiro!')

José Pacheco Pereira, "O Peregrino", Público 02-03-2013

Nos seus últimos dias de papa, Bento XVI apresentou-se diante de audiências globais, como uma "estranheza", ou como um "mistério" que nos interpela.

Desse ponto de vista, foi um sucesso "mediático" porque é único: um homem alquebrado, mas com um sorriso poderoso, falando várias línguas de um modo geral bastante bem, lendo textos simples mas densos, cheios de história, onde os dois mil anos da Igreja se reflectem num fio condutor que apela a muitas memórias da cultura ocidental e da religiosidade.

Mas, mais do que isso, um homem que sabemos ser um grande intelectual, um produto da exigente cultura universitária alemã, mas que se percebe ter fé, acreditar, e que, numa timidez evidente mas segura, fala com Deus tratando-o por Tu.
  
O "espectáculo" papal dos dias de hoje não converte os incréus, porque a sua incredulidade é mais forte e mais funda, por boas e más razões, mas abre-os a uma certa perplexidade, nalguns casos mesmo sedução, da e pela fé.

Ver alguém que acredita, como o Papa Bento XVI, agora Papa Emérito, e uma forma tão gentil, sem aí ser frágil e "sem forças", faz muito para restaurar um respeito pela espiritualidade, uma atenção ao "mistério" ao sentimento do outro, mesmo que não restaure a fé, que é um dom e não depende dele.

É por isso que este Papa fez muito mais pela Igreja do que muitos cristãos pensam que fez.

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